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JBS concederá férias coletivas para 10 de suas 36 unidades de abate de bovinos no Brasil

Segundo a empresa, a medida é necessária em virtude das suspensões temporárias impostas à carne brasileira por alguns dos principais países importadores

Por Camila Turtelli
Atualização:

SÃO PAULO - A JBS, maior processadora de carnes do mundo, informou há pouco que concederá férias coletivas de 20 dias, a partir da próxima segunda-feira, 3, para 10 de suas 36 unidades de abate de bovinos no Brasil - uma em São Paulo, três em Mato Grosso do Sul, uma em Goiás, quatro em Mato Grosso e uma no Pará. As férias coletivas podem se estender por mais dez dias. Segundo a empresa, a medida é necessária em virtude das suspensões temporárias impostas à carne brasileira por alguns dos principais países importadores, assim como pela retração nas vendas de carne bovina no mercado interno nos últimos dez dias. 

A companhia afirmou, em nota, que é imprescindível ajustar os volumes de produção para normalizar os níveis de estoques de produtos destinados ao mercado interno, assim como reescalonar a programação de embarques de produtos para os clientes do mercado externo que ficaram represados durante esse período, de forma a não sobrecarregar os sistemas de recebimento e estocagem dos mesmos. 

Maior produtora de carnes do mundo, a JBS tem uma capacidade diária de abate de bovinos no Brasil estimada em cerca de 35 mil cabeças de gado, o equivalente a mais de 40% da produção brasileira Foto: JF DIORIO / ESTADÃO CONTEÚDO

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Na terça-feira, 28, a empresa afirmou que havia retomado os abates, após suspender por três dias a produção de carne bovina em 33 das 36 unidades e que reavaliava a retomada da capacidade produtiva, após o fim dos bloqueios temporários de importadores, como China, Chile, Egito e Hong Kong. Atualmente, as unidades operam com uma redução de 35% na sua capacidade de produção. Maior produtora de carnes do mundo, a JBS tem uma capacidade diária de abate de bovinos no Brasil estimada em cerca de 35 mil cabeças de gado, o equivalente a mais de 40% da produção brasileira. 

As ações da empresa são reflexos direto da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, deflagrada em 17 de março e que acabou resultando na redução da demanda por carne, principalmente pelo bloqueio das exportações.