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Juiz dá bronca em auditores que não queriam usar crachá

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Por Redação
Atualização:

Numa demonstração de que não abrem mão de tratamento diferenciado, os auditores da Receita Federal foram à Justiça para serem dispensados de usar crachá no prédio do Ministério da Fazenda em São Paulo. A liminar foi negada e eles até levaram uma bronca do juiz João Luiz de Souza, da Justiça Federal no Distrito Federal. "Na verdade, há indícios de abuso no ajuizamento de ações desse naipe, que só sobrecarregam o Judiciário", escreveu ele na decisão. Diante do fracasso, eles desistiram da briga no Judiciário. Mas a polêmica não terminou. Foi criado um grupo de trabalho, formado por representantes da Receita, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (SPOA) do Ministério da Fazenda, com prazo de 30 dias para chegar a uma solução."Não é que não queiramos usar o crachá", disse o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Pedro de La Rue, explicando que não se trata de um capricho. Os fiscais da Receita não precisam se submeter a regras de segurança quando vão a uma empresa, por exemplo. Basta a eles apresentar a carteira funcional e entrar. "Precisamos de agilidade, porque enquanto nos identificamos na portaria, provas estão sendo destruídas no segundo andar", disse. Por isso, os fiscais querem entrar no prédio da Fazenda apresentando apenas a identidade funcional, tal como fazem em qualquer outro local do País."Queremos que a carteira que a própria Fazenda emitiu tenha validade." Esse argumento, porém, não convenceu o juiz. "Auditores são servidores públicos como quaisquer outros, mais qualificados que uns e menos qualificados que outros, e por isso estão sujeitos às mesmas regras, em face do princípio que todos são iguais perante a lei."/ L.A.O

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