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Jundiaí atrai empresas de tecnologia e PIB dispara

Consumo na cidade é alavancado pelo PIB per capita que mais que dobrou em 6 anos

Por Ricardo Brandt , CAMPINAS e
Atualização:

Jundiaí ficou mais rica na última década, e essa é a principal explicação para o aumento do consumo na cidade. Um bom indicador é o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que subiu de R$ 19,7 mil, em 2002, para R$ 43,4 mil, em 2008. Na prática, investimentos como o de um grande shopping center, que vai gerar mais de 4 mil empregos e injetar R$ 300 milhões, servem de exemplo para entender a dinâmica da economia local.Estrategicamente localizada entre a Grande São Paulo e a Região Metropolitana de Campinas, Jundiaí só cresce. Entre 2002 e 2008, o PIB do município passou de R$ 6,5 bilhões para R$ 15,1 bilhões - nono maior do Estado. Hoje, são 359 mil habitantes.Boa parte desse crescimento se deve a atração cada vez maior de empresas de tecnologia, interessadas em mão de obra qualificada, em regiões com infraestrutura sustentável e com boa localidade de logística. A principal novidade nesse segmento é o início de produção do iPad da Apple, na Foxconn, com uma geração de mais 5 mil postos de trabalho na cidade.A proximidade com São Paulo e os bons índices de qualidade de vida (Jundiaí tem o quarto melhor Índice de Desenvolvimento Humano do Estado, 0,857) têm atraído também gente que trabalha na capital e escolhe a cidade para morar.Guillermo Bloj, superintendente do Jundiaí Shopping, que vai ser inaugurado em outubro, explica que o potencial de consumo, principalmente das classes A e B, e a localização da cidade foram os principais fatores que levaram a rede Multiplan (a mesma do Morumbi Shopping, em São Paulo) a escolher a cidade para abrir uma unidade."Verificamos que Jundiaí tem atraído muitas empresas de tecnologia e centros de logística. A cidade tem crescido não só por quem opta por morar aqui por causa do trabalho, mas também por quem vem morar aqui em busca de qualidade de vida, fugindo de São Paulo. É uma cidade com perfil de consumo muito elevado, principalmente no segmento A e B, que é o público do nosso shopping", explica Bloj."A vinda das empresas de ponta e a instalação do shopping são reflexos dos nossos índices de saneamento, da qualidade da educação, da saúde e de vida. Com isso, muita mão de obra qualificada opta por morar aqui e isso aquece o mercado local", diz o prefeito Miguel Haddad (PSDB).Com a economia aquecida, a estrutura local de comércio foi também se profissionalizando. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Jundiaí, Ricardo Diniz, diz que a cidade é polo de referência da região. "Com isso, os comerciantes conseguiram chegar ao mesmo nível de qualidade de São Paulo e Campinas, cidades para onde o pessoal migrava para consumir", ressalta Diniz.Shoppings.Outro indicador do crescimento de consumo do interior pode ser medido por um fenômeno que vai ocorrer a partir de dezembro de 2012. Pela primeira vez, cidades do interior de São Paulo terão mais shopping centers que a capital e região metropolitana. Até o fim de 2011, 51% estavam na capital e região metropolitana, mas a proporção vai se inverter. Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers, em 2012 serão inaugurados nove shoppings no interior, dois em São Paulo e um em São Bernardo do Campo. Em 2013, serão 11 no interior, três em São Paulo e um em São Bernardo.

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