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Juro do rotativo do cartão cai pela 1ª vez desde outubro, mas ainda fica em 470,9% ao ano

No caso do cheque especial, a taxa avançou de 311,5% ao ano para 315,7% ao ano; endividamento das famílias caiu para 43,4%

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast) e Fabrício de Castro
Atualização:

BRASÍLIA - O juro do rotativo do cartão de crédito recuou pela primeira vez desde outubro do ano passado, informou nesta quarta-feira, 27, o Banco Central. A taxa caiu para 470,9% ao ano em junho, saindo de 471,5% ao ano em maio. Ainda assim, é a taxa mais alta entre todas as avaliadas pelo BC.

A taxa média de juros no crédito livre seguiu em 52,2% ao ano em junho, mesmo valor registrado em maio. Em junho de 2015, essa taxa estava em 43,3% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 71,7% ao ano para 71,4% ao ano, de maio para junho, enquanto para pessoa jurídica seguiu em 30,3% ao ano no mesmo período de comparação.

Taxa média de juros no crédito livre seguiu em 52,2% ao ano em junho Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa avançou de 311,5% ao ano para 315,7% ao ano na mesma comparação. Com isso, o patamar de juros cobrados nesse tipo de empréstimo continua no maior da série iniciada em julho de 1994. Para o crédito pessoal, recuou de 53,9% ao ano para 53,0% ao ano.

Para veículos, os juros caíram de 26,3% ao ano para 26,0% ao ano de maio para junho. Em junho de 2015, a taxa estava em 24,7%. A baixa no mês foi de 0,3 ponto porcentual(pp). Em 12 meses, a taxa apresenta alta de 1,3 pp e, no ano, está estável.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, oscilou de 32,7% ao ano em maio para 32,6% ao ano em junho. No sexto mês de 2015, estava em 27,5%. 

Dívidas. O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro passou de 43,9% em abril para 43,4% em maio. O BC começou a fazer o levantamento em janeiro de 2005 e o retrato sobre o nível de dívidas brasileiras passou a ser incorporado na nota de crédito pelo BC em agosto de 2015.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses e incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou uma baixa em maio, ficando em 24,8% da renda anual. Em abril, estava em 25,2%.

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Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) caiu de abril (22,3%) para maio (21,9%). Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda passou de 19,7% em abril para 19,3% em maio.

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