PUBLICIDADE

Publicidade

Kodak reaparece com linha de smartphones

Ex-gigante da fotografia fabricará aparelhos emparceria com empresa britânica Bullitt, com lançamento na CES

Por Camilo Rocha
Atualização:

Um nome tradicional da fotografia anunciou sua reinvenção como marca de dispositivos móveis. A Kodak informou que lançará uma linha de smartphones com sistema operacional Android na Consumer Electronic Show (CES), maior feira de eletrônicos do mundo, realizada entre 6 e 9 de janeiro em Las Vegas.Os telefones da Kodak serão fabricados pela Bullitt, empresa britânica especializada na manufatura de aparelhos celulares para outras marcas. Seu cliente mais conhecido é a fabricante de máquinas Caterpillar.Segundo anúncio sobre o lançamento, a linha de aparelhos tem como alvo ("mas não apenas", como ressalva o texto) "consumidores que querem uma experiência de ponta mas não estão sempre à vontade usando aparelhos móveis cada vez mais complicados". De acordo com a empresa, os aparelhos trarão de fábrica diversos recursos de captura, gerenciamento e compartilhamento de imagens para oferecer uma "experiência rica".Detalhes de configuração, como poder de processamento, tamanho de tela ou número de megapixels da câmera, não foram divulgados. Ainda segundo a empresa, outros produtos serão anunciados em breve, incluindo um smartphone com acesso a redes 4G, um tablet e uma câmera conectada. Desde 2013, quando saiu da concordata graças a uma reestruturação radical e se relançou como empresa de impressão comercial, a Kodak incluiu o licenciamento de sua marca como fonte de receita, como parece ter feito agora com a Bullitt. Ocaso. A Kodak, que fabricou câmeras fotográficas desde o fim do século 19, foi duramente atingida pela popularização dos smartphones e suas câmeras embutidas. No começo de 2012, a empresa pediu concordata e nos meses seguintes abandonou completamente o ramo da fotografia, cessando a produção não só de câmeras digitais, mas de papel fotográfico, filme para câmera e porta-retratos digitais. No primeiro semestre daquele ano, o prejuízo da empresa totalizou US$ 665 milhões. Para estancar a sangria financeira, a empresa colocou à venda mais de 1.100 patentes relacionadas à imagem digital. A nova empreitada procura se apoiar na tradição para valorizar os próximos lançamentos. "Resgatamos este legado e o usamos para inspirar uma linha de aparelhos com belo design e que permitem aos usuários tirar grandes fotos, editar, compartilhar, guardar e imprimir em um instante", explicou a assessoria da Bullitt.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.