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Laudo sobre aftosa no Paraná sai quinta-feira

A expectativa entre os produtores é de que o resultado seja negativo, já que os 19 animais suspeitos não desenvolveram os sintomas da doença, segundo a Sociedade Rural do Paraná (SRP), com sede em Londrina.

Por Agencia Estado
Atualização:

O laudo definitivo sobre a existência ou não de febre aftosa no Paraná será divulgado quinta-feira, dia 10, pelo Laboratório Nacional de Agricultura (Lanagro), de Belém, que está analisando o material coletado dos animais sob suspeita. Os exames realizados até esta terça-feira, incluindo as vísceras de um animal abatido, não constataram a presença do vírus causador da doença, de acordo com o chefe do setor de virologia do Lanagro, Antônio Júlio Montenegro. A expectativa entre os produtores é de que o resultado seja negativo, já que os 19 animais suspeitos não desenvolveram os sintomas da doença, segundo a Sociedade Rural do Paraná (SRP), com sede em Londrina. Esses animais foram comercializados durante a Eurozebu, em 4 de outubro, promovida pela SRP. Eles pertenciam a um lote procedente de Eldorado (MS), onde haviam sido detectados focos de aftosa. Por causa da suspeita, quatro municípios - Maringá, Amaporã, Loanda e Grandes Rios - ficaram sob intervenção sanitária. Assentamentos, acampamentos, comunidades indígenas e propriedades de mini-agricultores familiares do Paraná receberão assistência, a partir de Segunda-feira, da Secretaria de Agricultura e Emater para vacinar o rebanho bovino contra a febre aftosa. A Secretaria de Agricultura estima que essas propriedades comportem 20 mil animais. A distribuição da vacina será feita gratuitamente. Barreiras Sanitárias O governo do Estado de São Paulo informou hoje aos principais frigoríficos do País que irá manter as barreiras sanitárias nas divisas com o Paraná e o Mato Grosso do Sul pelo menos até a próxima semana. A liberação de animais vivos e de carne com osso dos dois estados, exceto de 41 cidades com focos ou suspeitas de febre aftosa, é prevista na Instrução Normativa 34, editada na semana passada pelo governo federal. A instrução está sendo descumprida pelo governo paulista, que teme a entrada da doença no Estado, que não registra casos de febre aftosa há quase dez anos. Na reunião, durante a tarde de hoje, entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e representantes dos frigoríficos, o governo paulista salientou que as barreiras serão levantadas quando pararem de surgir novos focos de aftosa no Mato Grosso do Sul, quando sair o resultado oficial das suspeitas do Paraná e quando a segunda fase de vacinação contra a doença completar pelo menos 15 dias, ou seja, a partir da próxima terça-feira.

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