Publicidade

Líder do governo diz que há votos suficientes para aprovar reforma trabalhista

Deputado André Moura (PSC-SE) afirmou ao 'Estado' que aprovação deve sair ainda na quarta-feira, 26

Por Erich Decat
Atualização:

BRASÍLIA - Depois da "enquadrada" por parte da cúpula do governo nas principais lideranças da Câmara, o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), considera que a base aliada irá aprovar nesta quarta-feira, 26, em plenário, o texto principal do projeto da reforma trabalhista. 

O presidente Michel Temer participou diretamente das negociações Foto: André Dusek/Estadão

PUBLICIDADE

"Temos votos suficientes para aprovar a reforma trabalhista na quarta-feira. Já demos demonstração clara disso, quando aprovaram a urgência e não diferente já temos votos para aprovar o texto de mérito no plenário", afirmou Moura ao Estado. A proposta traz mudanças em 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a previsão era que a votação terminasse na quinta-feira, 27.

A confiança do líder do governo no Congresso ocorre diante da votação expressiva realizada na última quarta-feira, 19, a favor do requerimento, que deu celeridade na discussão da proposta abrindo, inclusive, a possibilidade de ela começar a ser discutida no plenário da Casa. Na véspera da aprovação do requerimento no plenário, o governo havia sido derrotado, na primeira tentativa de se votar a urgência do texto.

Foi necessário que o presidente Michel Temer entrasse diretamente nas negociações para reverter o placar da primeira votação. Com a aprovação do regime de urgência, o substitutivo do projeto da Reforma Trabalhista, apresentado pelo relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), poderá tramitar sem receber pedidos de vista ou sugestões de mudanças, na Comissão Especial da Câmara, que trata do tema.

A aprovação do requerimento é, contudo, alvo de questionamento do PSOL, que protocolou nesta segunda-feira, 24, no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança para anular a decisão do plenário da Câmara da última quarta-feira.