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Líder do governo no Senado afirma que haverá MP para ajustar pontos da reforma trabalhista

Retorno da contribuição sindical obrigatória não foi acordada com os senadores e não faz parte da minuta entregue aos parlamentares

Por Carla Araujo e Fernando Nakagawa
Atualização:

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), reiterou o compromisso do governo de editar a Medida Provisória para ajustar pontos da reforma trabalhista sancionada nesta quinta-feira, 13, pelo presidente Michel Temer e reafirmou que o retorno da contribuição sindical obrigatória não foi acordada com os senadores e não faz parte da minuta que foi entregue hoje aos parlamentares. 

Jucá disse que encaminhou a vários parlamentares a minuta da MP e também ao relator da matéria na Câmara, Rogério Marinho (PSDB-RN). Foto: Dida Sampaio/Estadão

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"Vamos construir coletivamente a melhoria do texto que veio da Câmara dos Deputados. É um trabalho de aprimoramento, não está se anulando nenhuma posição da Câmara dos Deputados", disse Jucá, após evento no Palácio do Planalto. "Não há nenhum acordo para colocar a contribuição sindical, eu não fiz esse acordo, não tenho texto sobre isso e o Senado se manifestou para não incluir isso na Medida Provisória. Portanto, não está na minha área esse tipo de discussão", afirmou. 

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Jucá disse que encaminhou a vários parlamentares a minuta da MP e também ao relator da matéria na Câmara, Rogério Marinho (PSDB-RN), para que a MP seja debatida e não há pressa já que o há o prazo de 120 dias para a reforma entrar em vigor. "Essa lei que nós aprovamos hoje só vale daqui a 120 dias. Para ter uma MP que modifique a lei, ela tem que ocorrer antes de 119 dias, ou seja, temos um prazo razoável", completou. 

O líder do governo no Senado evitou responder sobre as declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que não iria votar uma MP que não teve acordo com a Câmara e afirmou ainda que também enviou a Maia uma cópia da minuta. "Maia vai discutir quando chegar lá. Mandei também para ele", disse.

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