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Liquidação de operações de energia será adiada

Por André Magnabosco
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BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou nesta segunda-feira, 27, que a liquidação financeira das transações de compra e venda de energia no mercado de curto prazo em junho não ocorrerá na próxima semana. Prevista inicialmente para os dias 5 e 6 de agosto, a liquidação só deverá ocorrer após governo, órgãos reguladores e entidades de classe chegarem a um consenso sobre o déficit de geração hídrico, conhecido pela sigla GSF - que tem provocado prejuízos bilionários às empresas. Ontem em Brasília, representantes do setor elétrico se reuniram para ouvir as novas propostas apresentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Além dos executivos das associações e da agência reguladora, participaram do encontro representantes do MME, da Empresa de Pesquisa Energética e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Uma nova reunião está marcada para segunda-feira para tentar bater o martela sobre a proposta apresentada ontem. "Se houver acordo, isso será transformado em lei para que a gente possa estar com isso sancionado até o final de agosto", afirmou o ministro, que participou ontem de encontro com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Embora demonstre otimismo com a apresentação da proposta, Braga deixou claro que ela ainda está em fase de questionamentos. Duas semanas atrás, o ministro revelou que o governo pensava em propor aos geradores que, em contrapartida a uma mitigação do GSF, as empresas deveriam fazer investimentos em novas unidades geradoras de energia. Ontem, ele desconversou sobre o tema. "Há algumas alternativas que dependem dessas reuniões que estão acontecendo agora." Um dos temas em análise, segundo o ministro, estaria associado à remuneração de ativos regulatórios. Braga sugeriu anteriormente que a concessão dos geradores poderia ser estendida caso as empresas fizessem investimentos em aumento de capacidade. Ontem, ele disse que a remuneração poderia ocorrer pela extensão de prazo ou pela indenização após o fim das concessões. Segundo fontes, a proposta apresentada pelo governo é extensa e complexa e exige uma série de análises. / Colaborou Renée Pereira

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