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Lucro da Cetip cresce 12% no 1º trimestre

Companhia registrou ganho de R$ 135,2 milhões com impulso da unidade de títulos; área de financiamentos sofre com a queda dos financiamentos de automóveis

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Por Fernanda Guimarães
Atualização:
Unidade de financiamento de veículos foi destaque negativo Foto: Divulgação

A Cetip, que no mês passado aceitou a fusão com a BM&FBovespa, anunciou um lucro líquido de R$ 135,2 milhões no primeiro trimestre do ano, alta de 12% em relação ao visto um ano antes. Ante o último trimestre do ano passado, o aumento foi de 5,6%.

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O diretor executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Cetip, Willy Jordan, destaca que, a despeito do ambiente econômico no Brasil desfavorável, a companhia continua a entregar um "crescimento bastante atraente". O forte desempenho da unidade de títulos deu impulso à receita e ao lucro da Cetip no primeiro trimestre, compensando nova retração na área de financiamentos, que registrou recuo 3% na receita diante da queda nas vendas de automóveis.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 218,7 milhões nos três primeiros meses do ano, alta de 17,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2015, o aumento foi de 9,7%. Já o Ebitda ajustado atingiu R$ 222,6 milhões, alta de 16,6% em um ano e de 8,9% em relação aos últimos três meses de 2015.

A margem Ebitda ajustada no trimestre passado foi de 71,5%, mesmo porcentual visto um ano antes. Ante o quarto trimestre, houve uma melhora de 1,8 ponto porcentual.

A receita líquida, por fim, ficou em R$ 311,1 milhões nos três primeiros meses de 2016, crescimento de 16,6% na relação anual e de 6,2% na trimestral.

Fusão. No mês passado, o Conselho de Administração da depositária aprovou a oferta feita pela BM&FBovespa. Os acionistas da Cetip receberão R$ 30,75 em dinheiro por ação, valor que já vem sendo ajustado pelo CDI desde a recomendação da oferta pelo Conselho da Cetip, e mais 0,8991 ação da BM&FBovespa, tendo em vista que foi firmado, no acordo entre as partes, uma trava para o preço da ação mínimo da Bolsa em R$ 12,51 e máximo em R$ 19,75, no âmbito da oferta. O valor mínimo a ser pago pela ação da Cetip será, dessa forma, de R$ 42.

Para a combinação das atividades seguir adiante, a transação precisará ser aprovada em assembleias de ambas as companhias, que já estão agendadas para o próximo dia 20. Depois disso, a fusão precisará do aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Banco Central (BC) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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No relatório que acompanha o seu demonstrativo financeiro, a Cetip reitera que "a combinação de seus talentos e forças representará um marco sem paralelo nos mercados financeiro e de capitais brasileiros, a partir da criação de uma empresa de infraestrutura de mercado de classe mundial, com grande importância sistêmica, preparada para competir em um mercado global cada vez mais sofisticado e desafiador, aumentando a segurança, a solidez e a eficiência do mercado brasileiro".

Jordan afirma que a Cetip está em processo de roadshows com seus acionistas, para falar sobre a transação. Segundo ele, na semana retrasada os encontros foram na Europa, na passada nos Estados Unidos e nesta semana as conversas estão ocorrendo com os acionistas de Rio de Janeiro e São Paulo.