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Lucro do Santander Brasil cresce 14,4% no 1º trimestre e supera expectativas

Filial do banco espanhol teve lucro de R$ 1,6 bilhão e puxou os resultados do grupo no período

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Por Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:

Atualizado às 14h22

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SÃO PAULO - O Santander Brasil abriu nesta segunda-feira a temporada de balanços dos grandes bancos ao apresentar lucro líquido gerencial, que não exclui o ágio da compra do banco Real, de R$ 1,633 bilhão no primeiro trimestre, montante 14,4% superior ao registrado em igual intervalo do ano passado, de R$ 1,427 bilhão. Ante o quarto trimestre, o resultado foi 7,3% maior.

O valor foi 17,90% maior que a cifra média de R$ 1,4 bilhão estimada por sete casas consultadas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.São elas: Deutsche, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, Safra, GBM e UBS.

Com o resultado, o Brasil representou 21% da geração de lucro do grupo espanhol, maior parcela entreos países onde o banco mantém operações Foto: Estadão

Com o resultado, o Brasil representou 21% da geração de lucro do grupo espanhol, a maior parcela entre todos os países onde o banco mantém operações. Em 2014, a filial brasileira havia perdido a liderança absoluta ao empatar com o Reino Unido, ambos com 19%, depois de registrar sozinho o melhor resultado nos três anos anteriores. No primeiro trimestre deste ano, a fatia dos britânicos foi de 20%.

No critério societário, o lucro líquido do Santander Brasil foi de R$ 684 milhões, crescimento de 31,9% ante um ano, de R$ 518,4 milhões. Em relação ao quarto trimestre de 2014, quando a cifra ficou em R$ R$ 578 milhões, foi identificado incremento de 18,2%.

A carteira de crédito ampliada do Santander, que inclui operações como debêntures, notas promissórias avais e fianças, totalizou R$ 324,737 bilhões ao final de março, aumento de 4,6% ante dezembro, de R$ 310,593 milhões. Em um ano, quando o saldo estava em R$ 275,185 bilhões, a expansão foi de 18,0%.

O patrimônio líquido final do Santander chegou a R$ 51,385 bilhões ao final de março, aumento de 5,5% em um ano, de R$ 48,709 bilhões. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, de R$ 50,453 bilhões, foi vista elevação de 1,8%. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), excluindo o ágio, ficou em 12,8% no primeiro trimestre, aumento de 1,6 ponto porcentual em 12 meses, quando foi de 11,2%. Ante o quarto trimestre, quando ficou em 12,1%, a alta foi de 0,8 ponto porcentual.

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O Santander encerrou março com ativos totais de R$ 612,291 bilhões, aumento de 23,8% em relação ao mesmo período de 2015 de R$ 494,612 bilhões. Na comparação com o quarto trimestre, de R$ 589,956 bilhões, foi registrado aumento de 3,8%.

Inadimplência. O índice de inadimplência do Santander Brasil, considerando atrasos acima de 90 dias, teve melhora de 0,3 ponto porcentual no primeiro trimestre, para 3,0% na comparação com o indicador visto nos três meses anteriores, 3,3%. Trata-se da terceira redução consecutiva apresentada pelo banco espanhol. 

Em um ano, os calotes registraram queda de 0,8 p.p. A melhora da inadimplência foi beneficiada, principalmente, pela pessoa física. Os calotes deste público recuaram 0,5 ponto porcentual no primeiro trimestre ante o quarto, para 4,3%. Em um ano, a queda chegou a 0,8 p.p. Na pessoa jurídica, também foi identificada melhora. 

O indicador encerrou março em 2,0%, queda de 0,1 p.p. em relação a dezembro. Na comparação com 12 meses, a inadimplência da pessoa jurídica recuou 0,6 p.p. O indicador de calotes de curto prazo, que considera atrasos entre 15 e 90 dias, encerrou março em 4,3%, aumento de 0,2 p.p. ante dezembro, mas queda de 1 p.p. em um ano. 

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Tanto pessoa física quando jurídica apresentaram inadimplência mais elevada na comparação trimestral, pressionando o índice. As despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, do Santander totalizaram R$ 2,568 bilhões de janeiro a março, diminuição de 14,4% em um ano, quando esses gastos somaram R$ 3,001 bilhões. Em relação ao quarto trimestre, de R$ 2,795 bilhões, o recuo foi de 8,1%. 

Se consideradas as receitas de recuperação de créditos baixados como prejuízo, o resultado de crédito de liquidação duvidosa totalizou R$ 2,112 bilhões, redução de 10,0% em um ano. Na comparação trimestral, a queda foi de 0,8%. O saldo das provisões para crédito de liquidação duvidosa totalizou R$ 14,078 bilhões ao final de março de 2015, redução de 6,5% em 12 meses, quando ficou em R$ 15,050 bilhões. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, de R$ 14.582 bilhões, a queda foi de 3,5% no trimestre.

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