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Magnata russo condenado a nove anos de prisão

Por Agencia Estado
Atualização:

A Justiça da Rússia condenou o bilionário Mikhail Khodorkovsky, ex-diretor da gigante do petróleo Yukos, a nove anos de prisão, após considerá-lo culpado de seis acusações de fraude e evasão fiscal. O julgamento durou quase um ano e a sentença foi anunciada 12 dias depois do início da leitura do veredicto por juízes em Moscou. Um dos maiores aliados de Khodorkovsky, Platon Lebedev, também foi condenado a nove anos de prisão. Segundo a legislação russa, os advogados do bilionário terão dez dias para recorrer da sentença. A apelação pode ser feita em uma corte de Moscou, mas há rumores de que a equipe de advogados leve o caso à Corte Européia de Direitos Humanos. Isso, no entanto, poderia aumentar o tempo de Khodorkovsky na prisão - ele está detido desde outubro de 2003. As acusações contra Khodorkovsky dizem respeito ao programa de privatização russo dos anos 90, sob o qual ele pôde formar a Yukos, que já foi a maior empresa petroleira da Rússia. Enquanto as autoridades russas dizem que Khodorkovsky agiu ilegalmente para encher seu próprio bolso, os partidários do bilionário dizem que sua prisão e julgamento foram motivados por questões políticas. Seus advogados alegam que o governo russo está punindo o ex-presidente da Yukos porque, na época de sua prisão, ele havia começado a financiar partidos de oposição. Khodorkovsky tem uma fortuna estimada em US$ 15 bilhões. Depois que ele foi preso, o governo russo quebrou a Yukos, cobrando da empresa US$ 27,5 bilhões em impostos atrasados.

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