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Maia defende manutenção da meta fiscal sem aumento de gastos

Presidente da Câmara, primeiro na linha sucessória, contraria governo, que já admite mudar tamanho do rombo previsto para este ano

Por Igor Gadelha
Atualização:
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Foto: Dida Sampaio/Estadão

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), utilizou sua conta oficial no Twitter no início da tarde deste sábado para dizer que é contra a alteração da meta fiscal deste ano, de déficit de R$ 139 bilhões. "A minha posição é de que a meta fiscal fique onde está. Não é correto gerar mais R$ 30, 40, 50 bilhões de gastos para a população pagar", escreveu.

Para o parlamentar fluminense, primeiro na linha sucessória em caso de queda de Temer, se o governo não tem condições de cumprir a meta estabelecida, tem que construir soluções sem aumento de gastos. "Todo mundo tem o seu orçamento e precisa viver dentro do seu orçamento. A União, os Estados e municípios também. Se nós não temos condição de cumprir a meta, que se construa as soluções (sic), mas não aumentando os gastos", declarou.

Como vem mostrando o Broadcast/Estadão desde a semana passada, o governo já cogita enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional para modificar a meta fiscal deste ano, aumentando o déficit previsto. Com a frustração das receitas com os programa de Refis e da repatriação, com dificuldades para aprovar a reoneração da folha de pagamento de alguns setores já para este ano e com a demora na recuperação da economia, o governo teme não conseguir cumprir a previsão de rombo.

Para tentar conter a crise fiscal, o governo anunciou nessa quinta-feira, 27, um corte de R$ 5,9 bilhões no Orçamento de 2017. A nova tesourada atingiu principalmente os investimentos do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC). Do total contingenciado pelo governo, R$ 5,2 bilhões sairão do orçamento do programa. Antes disso, a equipe econômica havia decidido aumentar a alíquota de PIS/Cofins sobre os combustíveis, para aumentar a arrecadação.

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