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Maior confiança na economia ajuda a gestão da dívida mobiliária

O custo médio em 12 meses caiu de 11,57% ao ano, em janeiro, para 11,34%, em fevereiro, o menor desde agosto de 2014

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Por Redação
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A dívida pública federal em títulos, de R$ 3,134 trilhões em fevereiro, começa a se beneficiar da queda da inflação e dos juros, exibindo menores custos, recuo da parcela vencível no curto prazo, aumento da demanda por grandes e pequenos investidores e facilidade de rolagem dos vencimentos de 2017. Em fevereiro, foram vendidos papéis no valor de R$ 75,6 bilhões, maior nível desde 2012.

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O custo médio em 12 meses caiu de 11,57% ao ano, em janeiro, para 11,34%, em fevereiro, o menor desde agosto de 2014, ajudado pela queda da taxa Selic e pela desvalorização do dólar. A diferença é relevante, pois a dívida é alta, representa 48% do PIB e cresceu 2,66% entre janeiro e fevereiro. A tendência de queda do custo deverá se acelerar se confirmada a redução mais rápida da taxa básica. A pesquisa Focus do Banco Central constatou que o mercado projeta a Selic em 9% ao ano em dezembro.

A parcela da dívida que vence nos próximos 12 meses se reduziu de 15,44% em janeiro para 15,22% em fevereiro, indicando menor pressão para a colocação de papéis. O prazo médio da dívida também diminuiu (de 4,68 anos para 4,63 anos), o que não é positivo, mas explicável porque o Tesouro preferiu vender papéis prefixados de prazo mais curto (vencimento até 2020), pois acredita na continuidade da queda da inflação e do juro real.

Cresceu a demanda dos fundos de previdência, maiores aplicadores em títulos públicos, que elevaram sua posição em R$ 37 bilhões entre janeiro e fevereiro, e das instituições financeiras (+R$ 47 bilhões no período, atingindo R$ 673,3 bilhões). Já os estrangeiros reduziram o peso relativo de suas aplicações em R$ 5 bilhões, mas demandaram mais papéis de longo prazo. O destaque ficou com os pequenos investidores que aplicam no Tesouro Direto e compraram quase R$ 1,8 bilhão em fevereiro. O número desses aplicadores é de 1,25 milhão, aumento de 85% em relação a março de 2016.

A gestão da dívida pública permite aferir a confiança na política econômica e no governo. Os bons sinais fornecidos pelo Relatório Mensal da Dívida do Tesouro Nacional servem para tranquilizar os que temem que a evolução política possa ameaçar muito os rumos econômicos.