PUBLICIDADE

Maiores bancos do País ganham R$ 65 bi em 2017

No entanto, resultado não é suficiente para superar os gastos com calotes

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Os grandes bancos de capital aberto no Brasil voltaram a elevar seus lucros em 2017, após um ano de queda, mas não o suficiente para superar os gastos com calotes. A virada deve ocorrer em 2018, quando o crédito deve voltar a crescer, enquanto as provisões (reservas) para devedores duvidosos, as PDDs, devem ter queda contínua. Esse movimento deve empurrar os resultados para cima.

Banco do Brasil espera que sua carteira volte a crescer em 2018, puxada pelas pessoas físicas e pelo segmento de agronegócio. Foto: Fabio Motta/Agência Estado

PUBLICIDADE

Apesar de no quarto trimestre o lucro dos grandes bancos não ter superado os gastos com a inadimplência, os ganhos se aceleraram em meio à retomada do crédito. Juntos, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil entregaram lucro líquido 22,6% maior ante um ano, ultrapassando a marca dos R$ 17 bilhões. No acumulado do ano, a alta do lucro dessas instituições foi de 20,7%, para R$ 65 bilhões.

Parte do impulso dos resultados dos grandes bancos no passado veio da queda das despesas com devedores duvidosos. Em 2017, esses gastos encolheram em R$ 20 bilhões, caindo de um total de R$ 95 bilhões, em dezembro de 2016, para R$ 75 bilhões, ao fim do ano passado.

++ Caixa espera economia de R$500 milhões com programa de desligamento

Os bancos esperam que essas despesas caiam ainda mais neste ano. A retração esperada pelo BB é de 12,9% neste ano. No Bradesco, considerando também o ponto médio, a queda seria de 14,3%, e no Itaú, de 28,6%.

Apesar de sinalizar uma queda menos intensa que seus pares privados, o BB não considera a projeção conservadora, segundo o presidente do banco, Paulo Caffarelli, pois a redução apresentada no ano passado já foi expressiva.

++ Banco do Brasil tem lucro recorde de R$ 3,2 bilhões no 4º trimestre

Publicidade

Crédito. Por outro lado, o Banco do Brasil espera que sua carteira volte a crescer em 2018, puxada pelas pessoas físicas e pelo segmento de agronegócio, mas também está mais conservador do que seus pares. Enquanto a instituição espera que seus empréstimos cresçam de 1% a 4%, Bradesco e Itaú projetam expansão entre 3% e 7%. / A.B.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.