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Mais empresas recuperam a solvência

Entre fevereiro de 2017 e fevereiro de 2018, os pedidos de falência diminuíram 24,3%

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Por Redação
Atualização:

Indicadores de solvência apurados pela Boa Vista SCPC mostram que as empresas estão recompondo seu equilíbrio financeiro, que foi gravemente afetado pela maior recessão da história recente. Em períodos de 12 meses, até fevereiro de 2018, caíram tanto os pedidos de falência das companhias como os de recuperação judicial. A queda dos pedidos e dos deferimentos de recuperação judicial é ainda mais significativa quando se sabe que dos números de 2017 foram expurgados dados relativos a subsidiárias de uma empresa do ramo imobiliário, como informou a Boa Vista SCPC.

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Entre fevereiro de 2017 e fevereiro de 2018, os pedidos de falência diminuíram 24,3%. Em 12 meses, a queda foi de 19,8%. A variação do número de falências decretadas, nos mesmos períodos de comparação, foi de -32,4% e de +7,9%. A alta, neste caso, se deve ao fato de que a tramitação dos pedidos de falência pode demorar meses ou até anos, de tal sorte que as informações sobre a decretação das falências se refere a situações passadas, quando a fase recessiva era aguda.

Em 12 meses, também caíram os pedidos de recuperação judicial (-14,3%) e o número de recuperações judiciais deferidas (- 14,5%). Os números de curto prazo relativos ao primeiro bimestre são diferentes dos de médio prazo: entre fevereiro de 2017 e fevereiro de 2018, os pedidos de recuperação judicial aumentaram 49,6%. E, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2018, o crescimento foi ainda maior (81,9%).

Os analistas da Boa Vista SCPC notam que, “passado o período de intensa retração da atividade econômica, redução do consumo, restrição e encarecimento do crédito, entre outros fatores, as empresas apresentam sinais mais sólidos dos indicadores de solvência, fato que deve continuar, uma vez que o cenário econômico tem mostrado recuperação em diversos setores produtivos”.

É inegável a intensificação do ritmo de recuperação da economia brasileira, decorrente, entre outros fatores, da queda da inflação e do aumento da massa de rendimentos dos trabalhadores formais e informais. O impacto positivo sobre as empresas também é inegável, mas seria bem mais visível se houvesse uma queda substancial não apenas dos juros passivos, aqueles que são pagos pelos bancos aos investidores, mas dos juros ativos, cobrados das empresas que precisam de recursos.

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