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Mais um frigorífico da Carne Fraca terá de fazer recall

Outra planta da Peccin, agora em Santa Catarina, foi notificada por órgão do Ministério da Justiça; unidade teve produtos recolhidos

Por , Lu Aiko Otta e Daiene Cardoso
Atualização:
Consumidor terá de ser ressarcido Foto: Alex Silva/Estadão

BRASÍLIA - A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, determinou nesta segunda-feira, 27, que mais uma planta do frigorífico Peccin, em Jaraguá do Sul (SC), faça recall de seus produtos. A determinação veio logo após o recolhimento de itens produzidos no local pelo Ministério da Agricultura, que constatou em auditoria que "o estabelecimento não detém controle dos processos relacionados a controle de matéria-prima, formulação e rastreabilidade de seus produtos".

Também nesta segunda-feira, o Ministério da Agricultura interditou outras três plantas de frigoríficos investigados na Carne Fraca, totalizando seis unidades paralisadas desde que a operação da Polícia Federal foi deflagrada. 

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Além da unidade catarinense da Peccin, a planta de processamento de Curitiba (PR) já foi obrigada a fazer um recall, anunciado na quinta-feira, 23, juntamente com as unidades das empresas Souza Ramos, em Colombo (PR), e Transmeat, em Balsa Nova (PR). A Secretaria informou ainda que a realização de recall é uma responsabilidade do fornecedor.

"As normas para o procedimento incluem publicidade dos fatos, indicação das medidas que o consumidor deve tomar e os canais de comunicação para orientações e devolução dos produtos", informou. Caso seja confirmado o risco à saúde e à segurança do consumidor, a empresa não inicie o recall ou demore a iniciá-lo, podem ser aplicadas as sanções estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor, incluindo multas que podem chegar a R$ 9 milhões.

"A recomendação é a de que o consumidor observe o selo do SIF (Sistema de Inspeção Federal) contido na embalagem da carne. Nas hipóteses em que a identificação não for possível, o consumidor deve procurar o local de venda do produto para obter a informação do fabricante do produto", completou o Ministério da Justiça, em nota. 

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