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Mantega afirma que plano de Marina pode 'reduzir atividade econômica'

Em entrevista na porta do Ministério, ministro da Fazenda disse que reduzir papel de bancos públicos significa menos financiamento e juros mais altos

Por Laís Alegretti
Atualização:
Mantega critica plano de Marina Foto: André Dusek/Estadão

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, aproveitou uma entrevista na chegada ao seu gabinete de trabalho na manhã desta terça-feira, 2, para criticar o programa de governo da candidata Marina Silva (PSB).

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Nas últimas pesquisas, Marina Silva aparece empatada com a presidente Dilma Rousseff, do PT, com chance de vencer no segundo turno.

O ministro da Fazenda argumentou que a política proposta pela candidata do PSB pode reduzir a atividade da economia brasileira que, segundo ele, não está em recessão, mas 'enfrenta problemas passageiros'.

"Existem instrumentos que podem reduzir a atividade econômica. Reduzir o papel de bancos públicos significa menos financiamento e juros mais altos", disse o ministro de Dilma Rousseff.

"Hoje sabemos que financiamento de máquinas e equipamentos, comprados por todos os setores econômicos, teriam elevação de custo. Sem subsídios, eles vão encarecer se depender só de bancos privados, que cobram taxas mais elevadas. Bancos privados devem ter participação cada vez maior, mas sem que se tire os bancos públicos disso", defendeu o ministro, que aproveitou desmentir que a economia brasileira esteja em recessão.

"Combater a inflação com aumento muito grande do primário, um choque de primário, também pode ser temerário porque pode paralisar a atividade econômica. Eu acho que a inflação se combate com firmeza, como temos feito, com política monetária firme, inclusive com elevação de taxas de juros, porém não a volta ao passado, que é a elevação da taxa de juros como 20%, 30%, 40%, como antes do nosso governo", afirmou Mantega, aproveitando para criticar o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.

 

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