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Marcio Holland é cotado para a Secretaria de Política Econômica da Fazenda

Vaga deve ser aberta por Nelson Barbosa, segundo informação obtida junto a fontes do governo

Por Fabio Graner e da Agência Estado
Atualização:

O economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marcio Holland é o nome mais cotado para ocupar a vaga que deve ser aberta por Nelson Barbosa na Secretaria de Política Econômica do ministério da Fazenda, segundo informação obtida junto a fontes do governo. Barbosa deve ir para a secretaria-executiva da Fazenda, no lugar do atual titular Nelson Machado, conforme antecipado pela Agência Estado na sexta-feira da semana passada.

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Holland foi descrito por uma fonte como um economista da linha "Nakano" (referência Yoshiaki Nakano, que já foi secretário de Fazenda de São Paulo e que tem sido defensor de uma política fiscal forte para que a taxa de câmbio seja corrigida no longo prazo).

De fato, essa definição encontra algum respaldo em artigo de Holland publicado em outubro em que defende um "profundo ajuste fiscal" com metas de superávits nominais associadas a aumento na taxa de investimento público. Nesse artigo, ele também defendeu que são válidas medidas de controle de capital ("quantitativos ou qualitativos") para evitar uma apreciação do câmbio no curto prazo. "Se for o caso, valem até anúncios de pisos móveis e crescentes para a taxa nominal de câmbio", disse Holland no artigo.

Um nome que tem grandes chances de deixar o ministério da Fazenda é o atual chefe de gabinete de Guido Mantega, Luiz Eduardo Melin. O embaixador Sérgio Bath, que é assessor especial do gabinete do ministro, é o nome mais cotado para ocupar essa vaga.

Banco Central

Na dança de cadeiras da equipe econômica, a nova diretoria do Banco Central sob a futura gestão de Alexandre Tombini ainda está cercada de mistério. A economista-sênior do RBS Global Banking, Zeina Latif, é um dos nomes cotados para ocupar uma das vagas no novo time da autoridade monetária. É pouco provável que o nome dela e de outros diretores sejam encaminhados ainda este ano, já que há pouco tempo hábil para aprovação. Vale lembrar que o nome de Tombini, apesar de ter sido aprovado pelo Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ainda não foi votado em Plenário.

O cenário mais provável, segundo fontes do governo e da transição, é que os novos diretores sejam anunciados e tenham seus nomes encaminhados ao Congresso Nacional no ano que vem. Como os trabalhos legislativos só serão retomados em fevereiro, a votação deles só deverá ocorrer a partir de meados daquele mês.

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