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Marfrig vai reabrir frigoríficos em Goiás e Mato Grosso

Com novas unidades, empresa quer aproveitar espaço no mercado deixado pelos problemas enfrentados pela JBS

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Por Redação
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A Marfrig vai elevar sua capacidade de produção no segmento de carne bovina em 25% nas próximas semanas, com a reabertura de unidades e expansão de outras na divisão Beef, que também opera com ovinos.

A companhia informou nesta segunda-feira, 3, que vai reabrir, a partir da segunda quinzena de julho, as unidades frigoríficas de Nova Xavantina (MT) e Pirenópolis (GO). A empresa afirmou ainda que a readequação de capacidade inclui a expansão da produção de quatro unidades em Goiás, Mato Grosso, Pará e Rondônia.

Metade das receitas da Marfrig hoje está concentrada no exterior Foto: Paulo Whitaker|Reuters

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As ações da companhia abriram em alta discreta mas logo engrenaram alta de mais de 2% nos primeiros negócios na bolsa paulista B3. Os papéis terminaram o dia com alta de 0,56%.

Segundo a Marfrig, o aumento da capacidade foi decidido “em função da maior disponibilidade de bovinos para abate no Brasil, decorrente do ciclo positivo de gado e maior retenção no primeiro semestre do ano, e do atual cenário macroeconômico. (...) Esse aumento está alinhado à estratégia da companhia na busca pelo crescimento sustentável.”

Minerva. Em junho, a rival Minerva também anunciou reabertura de unidade de bovinos em Mato Grosso a partir de meados de julho, em meio às dificuldades enfrentadas pela concorrente de maior porte JBS, após a empresa ter fechado acordo de leniência no valor de mais de R$ 10 bilhões com o Ministério Público e de os executivos da companhia terem feito delação premiada envolvendo o presidente Temer em maio.

JBS, Marfrig e Minerva participaram nos últimos anos de um movimento de concentração do setor. O JBS e o Marfrig tiveram apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para fazer aquisições dentro e fora do Brasil. O Minerva ficou de fora desse boom, mas também fez aquisições no País e passou a olhar ativos na América do Sul. / REUTERS

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