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Meirelles defende que Petrobrás seja administrada como empresa privada

Ministro da Fazenda diz que esse tipo de gestão poderá levar à privatização da estatal no futuro, mas pondera que uma iniciativa assim 'tem de levar em conta as tradições do País'

Foto do author Eduardo Laguna
Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Eduardo Laguna (Broadcast) e Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu nesta segunda-feira, 27, que a Petrobrás seja administrada como uma empresa privada e assim, "quem sabe", a estatal, a exemplo do que acontece na Eletrobrás, poderá dar um passo rumo à privatização no futuro. Mas ponderou que esse movimento "tem de levar em conta as tradições do País".

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Ao participar de fórum da revista "Veja", ele comentou que a Eletrobrás está em estágio mais maduro para privatização e voltou a afirmar que a venda da estatal do setor elétrico será tão relevante ao País quanto foi a privatização da Telebrás nos anos 1990.

A despeito das acusações e denúncias que recaem sobre Michel Temer, ministro da Fazenda afirmaque o mais importante é que o governo inteiro 'segue trabalhando com resultados positivos'. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Durante o evento, Meirelles voltou a falar a respeito das eleições do ano que vem e informou que deve tomar uma decisão até o fim do primeiro trimestre sobre sua candidatura ao Palácio do Planalto.

Questionado se aceitaria ser ministro da Fazenda caso o ex-presidente Lula vença as eleições, disse que as margens para um acordo seriam, nesse caso, remotas porque o petista vem defendendo propostas na direção contrária do que está sendo feito pelo governo de Michel Temer.

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A despeito das acusações e denúncias que recaem sobre o atual presidente, o titular da Fazenda considerou que o mais importante é que o governo inteiro siga trabalhando com resultados positivos.

Meirelles disse ter ficado enormemente surpreso com o escândalo de corrupção envolvendo a J&F, a holding controladora da JBS, onde trabalhou após deixar a presidência do Banco Central (BC). Sobre a notícia de que recebeu R$ 180 milhões por serviços prestados à empresa, defendeu-se dizendo que obteve remuneração compatível com as oferecidas por grandes grupos internacionais.

Embora tenha reafirmado a previsão de crescimento médio de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano - sendo 2,7% o avanço esperado no último trimestre -, Meirelles considerou que o momento da economia brasileira não deixou de ser crítico, motivo pelo qual disse estar 100% com foco no Ministério da Fazenda.

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