PUBLICIDADE

Mercadante defende redução de gastos, mas rejeita 'corte drástico'

Segundo o ministro da Casa Civil, corte não pode impor 'trajetória recessiva' ao País; 'temos que manter emprego e renda', afirma

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
Mercadante (esquerda) se reuniu hoje com Dilma Rousseff e lideranças do PSD, como Gilberto Kassab (centro), no Palácio do Planalto Foto: Andre Dusek/Agência Estado

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira que a presidente Dilma Rousseff anunciará "em breve" o novo ministro da Fazenda e defendeu cortes de gastos públicos, mas não de forma drástica.

PUBLICIDADE

"Sempre dá para cortar.... O que não dá para fazer é um corte drástico que imponha uma trajetória recessiva. Nós temos que manter emprego e renda da população", disse ele a jornalistas durante evento em Brasília.

Mercadante, cujo nome chegou a ser cogitado como possível ministro da Fazenda no segundo mandado da presidente, disse ainda, durante discurso, que o governo não elevará impostos para melhor as contas púbicas.

Na semana passada, o governo reconheceu que não cumprirá a meta de superávit primário deste ano ao anunciar déficit recorde de 25,491 bilhões de reais em setembro. Para isso, enviará ao Congresso mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para elevar o montante que o governo poderá abater do resultado em investimentos e desonerações em 2014. 

O governo tem sido fortemente criticado pela falta de transparência e uso de mecanismos fiscais nas contas públicas, em meio ao cenário de atividade fraca e inflação elevada.

"Continuar a ter rigor fiscal ajuda a política monetária, mas para enfrentar esse cenário que nós temos, temos que manter o investimento em gastos sociais", afirmou ele.

Ao ser questionado quando será anunciado o nome da pessoa que substituirá Guido Mantega no Ministério da Fazenda, Mercadante apenas afirmou que a presidente o fará "em breve".

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.