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Mercado crê na manutenção dos juros, mostra pesquisa BC

Na semana da reunião do Copom, a pesquisa do Banco Central mostra que as instituições financeiras acreditam que a taxa Selic será mantida inalterada.

Por Agencia Estado
Atualização:

Às vésperas da reunião do Copom, as instituições financeiras ouvidas na pesquisa semanal do Banco Central resolveram seguir a voz da maioria e passaram a apostar na estabilidade dos juros neste mês. Em consequência, as estimativas de taxa de juros para o final do corrente mês subiram de 16,32% para 16,50% ao ano. A mudança ocorreu na mesma semana em que o mercado foi surpreendido pela divulgação de índices de preços do atacado acima do esperado. A queda dos juros, na opinião da maioria das instituições financeiras consultadas na pesquisa divulgada hoje, ficará para o mês de abril, quando a taxa Selic deverá recuar de 16,50% para 16% ao ano. Para o final do ano, as projeções foram ajustadas de 13,81% para 13,84% ao ano, com a expectativa de redução das taxas ao longo de 2004 se estreitando de 2,69 para 2,66 pontos porcentuais. As expectativas de juros para o fim de 2005, em contrapartida, ficaram estáveis em 12,50% ao ano. As projeções de juros médio para o ano em curso avançaram, por sua vez, de 15,10% para 15,20% ao ano e as previsões de taxa média de 2005 aumentaram de 13,20% para 13,25% ao ano. Projeção para IPCA cai As projeções de mercado para o IPCA deste ano recuaram de 6% para 5,95%, mostra a pesquisa. Apesar de menor, o porcentual projetado pelas instituições financeiras ouvidas na enquete ainda é maior que a meta de 5,5%. Para o próximo ano, as expectativas seguiram estáveis pela trigésima sexta semana em 5%, contra uma meta de 4,5%. Apesar de o sistema de metas brasileiro admitir um intervalo de tolerância de 2,5 pontos porcentuais para cima e para baixo, o BC tem insistido que trabalha com o objetivo de alcançar o centro da meta. A mesma pesquisa identificou um recuo das previsões de IPCA nos próximos 12 meses de 5,64% para 5,38%, ficando abaixo dos 5,69% estimados há quatro semanas. As previsões de IPCA para março continuaram estáveis nos mesmos 0,43% da pesquisa divulgada na semana passada. Divulgada pela primeira vez, as previsões de IPCA para abril ficaram em 0,40%, um pouco menor que o porcentual projetado para março. As estimativas de IGP-DI para março subiram, por sua vez, de 0,40% para 0,53%, enquanto as previsões para o ano como um todo foram revisadas de 6,48% para 7,34%. As previsões para o IGP-M de março seguiram a mesma tendência e subiram de 0,40% para 0,60%, com as estimativas para o ano aumentando de 6,75% para 7,17%. As expectativas para o IPC da Fipe deste mês, em contrapartida, ficaram estáveis em 0,35%, enquanto as estimativas para o ano subiram de 5,51% para 5,52%. As estimativas de mercado para o reajuste dos preços administrados neste ano aumentaram de 7% para 7,10% em pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC). As projeções para 2005, entretanto, continuaram estáveis em 6%. Projeção para câmbio cai As previsões de mercado para a taxa de câmbio no final do ano recuaram de R$ 3,10 para R$ 3,05. Em contrapartida, as estimativas de câmbio no fim de 2005 ficaram estáveis em R$ 3,25. As expectativas de câmbio médio para o ano em curso, por sua vez, recuaram de R$ 2,98 para R$ 2,96. As previsões de taxa média de câmbio para 2005 seguiram a mesma tendência e recuaram de R$ 3,18 R$ 3,16. Para o fim do mês em curso, as previsões de mercado para o câmbio ficaram estáveis em R$ 2,90, enquanto as estimativas para abril apontaram para um câmbio de R$ 2,92.

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