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Mercado de imóveis incerto, apesar da melhora

Recuperação vista em maio não basta para indicar que a crise no setor está em via de ser superada

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Por Redação
Atualização:

Um crescimento expressivo das vendas de imóveis novos e em lançamento foi registrado em maio pelo sindicato da habitação (Secovi-SP), propiciando algum alívio ao setor. Há outros sinais favoráveis à área imobiliária, como a recuperação dos depósitos de poupança, mas não bastam para indicar que a crise enfrentada pelo segmento nos últimos anos está em via de ser superada.

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Entre abril e maio, a venda de imóveis novos em São Paulo cresceu 79%, para 2.170 unidades. Comparativamente a maio de 2016, a alta foi de 104,9%, mas sobre uma base baixa de comparação, pois o ano passado foi um dos piores da história do mercado imobiliário paulistano.

Nos primeiros cinco meses de 2016, apenas 5,1 mil unidades foram vendidas, número que passou para 6 mil em igual período de 2017, nos dois casos abaixo da média histórica.

Nos lançamentos de maio, predominaram os apartamentos de dois dormitórios com até 45 m² de área útil e valor unitário de venda não superior a R$ 240 mil. São números indicativos de que a demanda só é mais expressiva nas faixas de preço mais baixas, beneficiadas com juros módicos, de modo que a prestação caiba na renda dos mutuários.

Alguns consumidores que haviam fechado negócio pediam para esperar alguns dias até concluir a operação, disse ao Estado o diretor da incorporadora You, Eduardo Muszkat. O presidente do Secovi, Flavio Amary, teme que a crise política afete a recuperação. Será preciso esperar o avanço das reformas, afirmou Amary antes da aprovação das mudanças na legislação trabalhista.

O estoque de unidades na capital – entre moradias prontas, em construção ou na planta lançadas nos últimos três anos – caiu para 21.960, com redução de 2,5% em relação a abril e de 11,4% em relação a maio de 2016.

O aumento dos depósitos em caderneta de poupança é um fator positivo, propiciando oferta de crédito satisfatória para incorporadores e construtores e para mutuários finais. A captação líquida foi de R$ 5 bilhões no bimestre maio/junho, contrastando com os saques líquidos de R$ 6,9 bilhões em igual período de 2016. Os primeiros dias úteis de julho também mostravam captação positiva. Isso facilita a decisão de alguns bancos de reduzir os juros do crédito imobiliário, o que faz ampliar o número de mutuários potenciais.

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