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Mercado de lâmpadas está paralisado, diz Abilux

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado de lâmpadas no Brasil ainda não conseguiu se recuperar da crise que o atingiu desde o racionamento de energia, em 2001. "Continuamos paralisados", assegura o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), Carlos Eduardo Uchôa Fagundes. Na época, os consumidores trocaram as lâmpadas incandescentes comuns pelas fluorescentes, que apesar de mais caras têm durabilidade quase 10 vezes maior. "Mas as lâmpadas econômicas são todas importadas e o resultado foi que a produção nacional de unidades de lâmpadas por ano caiu de 400 milhões para cerca de 270 milhões", observa Fagundes. Em busca de ao menos minimizar a queda, de mais de 30%, o presidente da Abilux disse que os fabricantes de lâmpadas têm investido em novas tecnologias e no desenvolvimento de outros produtos. Um deles são os leds (diodos que emitem luzes) com espectro de luz branca. "A vantagem é que o led deste tipo economiza energia e tem vida mais longa, com mais de 100 mil horas", exemplifica. O presidente da Abilux não detalha o que as empresas do setor têm feito em relação às novas tecnologias. Mas garante que o objetivo é desenvolver processos para principalmente baratear o custo das lâmpadas. Segundo dados da Abilux, no Brasil há 12 fabricantes de lâmpadas. Deste total, as quatro maiores são General Electric (GE), Philips, Osram e Silvania. "São as maiores do mundo e têm subsidiárias em diversos países", confirma o presidente da entidade. "As demais são basicamente pequenas e médias empresas". Expectativa Para este ano, os fabricantes do setor apostam no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para recuperar as perdas e, conseqüentemente, melhorar a rentabilidade. "Estamos apostando no crescimento do País para reverter o quadro que vivemos desde o apagão." Além do problema específico do setor, que começou com o período de racionamento, o presidente da Abilux reclama que os investimentos em iluminação pública têm sido pequenos. "Pela lei, 1% da receita de energia elétrica tem de ser aplicada em iluminação pública", diz. Ele acrescenta que, apesar de as administrações terem bons projetos, muitas vezes esbarram na burocracia. "A manutenção do sistema acaba sendo muito deficiente, o que contribui com o encolhimento do nosso mercado", reclama. Apesar do cenário ruim, Fagundes se diz otimista com o crescimento em 2004 de pelo menos 3,5% a 4% do PIB. "Se isso ocorrer será ótimo. Aí, a economia começa a girar, o poder de compra da população aumenta e até mesmo as construções de obras públicas e comerciais, como shoppings."

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