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Mercado projeta queda de 1,1% do PIB e inflação de 8,25% em 2015

Segundo o boletim Focus, produção industrial deve puxar PIB para baixo; inflação deve ficar acima do teto da meta do governo, de 6,5%

Por Victor Martins
Atualização:

BRASÍLIA - Os analistas de mercado voltaram a elevar a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que passou de 8,23% para 8,25%, de acordo com dados divulgados pelo Relatório de Mercado Focus, do Banco Central. Há um mês, essa expectativa estava em 8,13%. 

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O próprio Banco Central, responsável pela divulgação do documento, espera uma inflação um pouco menor, de 7,9% este ano, acima, portanto, do teto da meta, que é de 6,5%. Para o fim de 2016, as projeções do boletim Focus para o IPCA foram mantida em 5,60% pela quarta semana consecutiva. Também no Top 5, a projeção para a inflação ao final do ano que vem foi mantida em 6,40% - um mês antes estava em 5,64%. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação do BC divulgado no mês passado, a taxa ficará em 4,9%.

O mercado financeiro manteve a aposta de que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 ficará negativo este ano, mas ampliou a avaliação negativa entre uma semana e outra, de queda de 1,03% para uma retração de 1,10%. Há quatro semanas, essa projeção era de 1%. Para 2016, a expectativa segue um pouco mais otimista. Entre uma semana e outra a previsão foi mantida em 1%. 

Os resultados do PIB sofreram influência das expectativas sobre a produção industrial, cuja mediana das estimativas para este ano segue em baixa de 2,50%. Para 2016, as apostas de expansão para a indústria seguem em 1,50% há três semanas consecutivas. 

Taxa de juros. O mercado financeiro manteve o consenso de que haverá uma elevação da Selic dos atuais 12,75% ao ano para 13,25% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para esta semana. Além disso, de acordo com o Focus desta semana, para o fim deste ano, a mediana das previsões foi mantida em 13,25% - ou seja, o mercado espera que o BC, na próxima quarta-feira, dê fim ao atual ciclo de alta dos juros. 

Para o fim de 2016, a mediana das projeções foi mantida em 11,50% ao ano de uma semana para outra. Esta é a décima sétima semana consecutiva que a taxa está estacionada neste patamar. 

Câmbio. Com o dólar em queda durante quase todo o mês de abril, as previsões para o comportamento do câmbio no fim deste ano foram ligeiramente reduzidas no boletim Focus. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o moeda no encerramento de 2015 caiu para R$ 3,20. Já para 2016, a cotação final segue em R$ 3,30.

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