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Mercados seguem otimistas com prévia do IGP-M

A primeira prévia do IGP-M de dezembro ficou em 0,16%, bem próxima das apostas mais otimistas. O descolamento com a Argentina é cada vez mais evidente. Mercados também esperam definição para os juros dos EUA.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois da melhora da balança comercial e do descolamento do risco brasileiro em relação à Argentina, agora é a inflação que começa a ajudar a melhorar as expectativas no mercado. A primeira prévia do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de dezembro, divulgada ontem no final da tarde, ficou em 0,16%. O resultado aproximou-se das estimativas mais otimistas do mercado, de 0,10%, e muito abaixo das apostas mais conservadoras, de um índice de até 0,50%. O recuo do IGP-M já reflete um impacto direto das recentes quedas do dólar sobre a inflação. O resultado contribuiu para o bom andamento dos mercados de juros (em queda) e bolsa (em alta), mas ainda não mudou as apostas do mercado para a reunião do Comitê de Política Monetária Copom da próxima semana. A maioria segue esperando a taxa básica de juros da economia - Selic - inalterada, em 19%. Segundo analistas, o Banco Central só deve pensar em relaxar a política monetária quando a queda da inflação chegar aos índices ao consumidor, os Índices de Preços ao Consumidor (IPCs), e de forma consistente. Amanhã, saem dois destes índices, o IPC da Fipe (1ª quadrissemana de dezembro) e o IPCA do IBGE (fechado de novembro). Com relação ao dólar, a trajetória de queda foi interrompida nesta manhã, quando a moeda norte-americana foi negociada entre a mínima de R$ 2,323 e a máxima de R$ 2,349. Os especialistas afirmam que a interrupção é técnica: depois de mais uma queda acentuada, alguns investidores teriam recomprado um pouco de moeda norte-americana para repor parte das posições. Alguns já começam a falar que está chegando o momento de o mercado encontrar uma nova cotação de equilíbrio do dólar. Argentina e Fed A Argentina continua agonizando e o governo, apesar das medidas de restrição aos saques, não está conseguindo estancar a sangria de recursos. Tanto é verdade que o governo limitou a abertura de contas correntes e de poupança. Por outro lado, o ministro Domingo Cavallo tenta negociar com bancos e fundos de pensão a rolagem de US$ 700 milhões de Letes que vencem nesta sexta-feira. Mas nada disso está influenciado o humor do mercado, que acompanha de longe o desenlace final da crise no país vizinho. O mercado também espera com tranquilidade a decisão do Federal Reserve (Fed), esperada para a tarde de hoje. Se o Fed cortar mesmo o juro americano em 0,25 ponto, como espera a maioria dos analistas, o mercado não deve reagir, embora o comunicado da reunião do banco também deva ser monitorado. Números Há pouco, o dólar comercial para venda estava cotado em R$ 2,35, com alta de 0,77%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano -pagavam juros de 20,160% ao ano, frente a 20,470% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operava em alta de 0,16%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires apontava queda de 0,64%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - estava em alta de 0,21%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - operava em alta de 1,16%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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