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Metalúrgicos intensificam campanha por correção da tabela do IR

Por Agencia Estado
Atualização:

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC vai intensificar sua campanha pela correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). A decisão foi tomada pela Diretoria Plena do sindicato (formada pelos comitês sindicais de empresa), em reunião no sábado passado. A iniciativa pretende aproveitar o momento em que a população realiza a Declaração de Rendimentos do IRPF e está, na avaliação dos sindicalistas, mais "irritada" pelo congelamento das tabelas de deduções e de isenções nos últimos anos. O sindicato produzirá painéis com cópias de demonstrativos de pagamentos para mostrar que muitos trabalhadores passaram a ter salários líquidos menores por causa do congelamento da tabela, já que deixaram de ser isentos após a campanha salarial do ano passado. Na ocasião, os metalúrgicos do ABC obtiveram reajustes salariais de 15% (parte das autopeças) a 18,01% (restante das autopeças e montadoras). Segundo os sindicalistas, alguns trabalhadores deixaram de ser isentos e outros mudaram de faixa de recolhimento, o que resultou em um rendimento líquido menor. Além dos painéis, a campanha envolve a produção de um vídeo, gravado em portas de fábricas, no qual os trabalhadores manifestarão livremente seu descontentamento. Um protesto será realizado na sede da Receita Federal em São Paulo e os metalúrgicos querem audiências com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, com os presidentes da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, promete realizar manifestações públicas de maior proporção, caso as lideranças políticas não se mostrem sensíveis ao tema. A campanha não conta, inicialmente, com a participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), à qual os metalúrgicos são filiados. No entanto, não descartam o envolvimento de outros sindicatos fortes, como bancários e químicos, para expandir a mobilização nos protestos e pressionar ainda mais o governo.

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