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Microsoft não cumpriu promessa de dar acesso a outros navegadores, diz UE

Combinado definia que usuários do Windows 7 na União Europeia vissem na tela do computador uma janela pop-up com opções de vários navegadores 

Por Clarissa Mangueira e da Agência Estado
Atualização:

BRUXELAS - Os órgãos reguladores da União Europeia enviaram uma reclamação formal à gigante Microsoft acusando a empresa de descumprir uma promessa de oferecer aos usuários a possibilidade de escolher entre navegadores de Internet. Às 12h (de Brasília), as ações da empresa caíam 0,19% na bolsa de Nova York.

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Em sua reclamação, conhecida como Declaração de Objeções, a Comissão Europeia afirmou que a Microsoft não seguiu o compromisso que estabeleceu com órgãos reguladores há três anos de oferecer aos usuários alternativas para o seu navegador Internet Explorer. Na prática, os usuários na União Europeia deveriam ver uma janela pop-up na tela de seus computadores que os permitisse escolher entre vários navegadores de Internet.

A acusação se aplica à versão Windows 7, conhecido como Pacote de Serviços 1, que foi lançada em fevereiro de 2011. "De fevereiro de 2001 até julho de 2012, milhões de usuários do Windows na União Europeia não puderam ver a tela de escolha", afirmou a Comissão em um comunicado. "A Microsoft reconheceu que a tela de escolha não foi exibida nesse período."

A Comissão lançou procedimentos legais em julho, quando identificou que a Microsoft não cumpriu seus compromissos nas versões do software Windows 7. O comissário europeu antitruste, Joaquín Almunia, prometeu na época "usar todos os instrumentos legais...para deter e punir" a empresa.

Almunia

disse hoje que a Microsoft tem quatro semanas para responder às acusações, que podem resultar em multas pesadas para a companhia. Segundo ele, a empresa poderá pedir uma audiência. O comissário afirmou que a comissão, que levantou essas questões sobre o Windows 7, está investigando o Windows 8. Sobre "outras questões" levantadas pelos concorrentes da Microsoft, o comissário declarou que os especialistas "avaliaram cuidadosamente e....não veem razões para mais intervenção neste momento".

A Microsoft disse hoje que estava agindo rapidamente para lidar com a questão do navegador e para que o problema não ocorra novamente. Nós "agimos rapidamente para resolver este problema à medida que nos tornamos conscientes disso. Embora o resultado disso tenha sido um erro técnico, assumimos a responsabilidade pelo que aconteceu", disse a empresa em um comunicado. "Pedimos sinceras desculpas por este erro e continuaremos a cooperar plenamente com a Comissão." As informações são da Dow Jones. 

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