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Ministério da Economia terá escritório em Washington e secretário de Guedes deve ser nomeado chefe

Órgão, que está sendo criado por meio de decreto presidencial e deverá ser chefiado por Carlos Da Costa, quer ajudar a 'consolidar o País como ambiente de negócios'

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Por Sandra Manfrini
Atualização:

BRASÍLIA - O Ministério da Economia terá escritório de representação em Washington (EUA). O órgão está sendo criado por meio de decreto presidencial, que ainda será publicado no Diário Oficial da União, segundo informou a Secretaria Geral da Presidência da República. Oficialmente, o objetivo da representação é "fortalecer a interlocução com investidores, consolidando o País como ambiente seguro para se fazer negócios".

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Da Costa, deve ser designado para chefiar o escritório, conforme noticiou o Estadão na dança de cadeiras que o ministro da Economia, Paulo Guedes, começou a tocar em dezembro do ano passado. De acordo com a Secretaria Geral, a equipe terá como função divulgar as principais reformas econômicas implementadas no Brasil, que trazem mais segurança para os investidores.

Secretário de Guedes, Carlos Da Costa é cotado para chefiar escritório do Ministério da Economia em Washington. Foto: Washington Costa/Ministério da Economia

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"Caberá ao escritório, em total alinhamento com o Ministério das Relações Exteriores, promover as oportunidades de negócios que tragam geração de emprego e renda ao País. Além disso, identificar as barreiras aos investimentos estrangeiros e demonstrar a estabilidade e solidez macroeconômica do País", diz a nota da Secretaria Geral.

Chefe da assessoria de assuntos estratégicos do Ministério da Economia, Daniella Marques, que acompanha Guedes desde o início do governo, vai assumir o comando da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade. Sua primeira missão será lançar o monitor de investimentos.

 Será um indicador que acompanhará o andamento de R$ 608 bilhões em investimentos já contratados, entre 2019 e 2021, em 121 projetos ligados a leilões feitos pelo governo federal. Pelos cálculos da equipe econômica, cerca de 30% desses investimentos já estão executados e o restante deverá ser feito no prazo de até oito anos. Para 2022, estão programados leilões de 123 projetos com outros R$ 311,3 bilhões de investimentos programados. Além disso, os Emirados Árabes anunciaram que vão investir US$ 10 bilhões a mais no Brasil nos próximos anos, além dos US$ 5 bilhões já prometidos.

A nova previsão do Ministério da Economia é receber R$ 31,7 bilhões em concessões em 2022, volume bem maior do que os R$ 5,1 bilhões projetados no projeto de Orçamento enviado ao Congresso, o que ajuda a melhorar a previsão de resultado das contas públicas no ano que vem.

Guedes aposta no andamento desses investimentos para evitar uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro vai buscar a reeleição. Guedes tem contestado as previsões de economistas de que a economia vai entrar em recessão em 2022, e vem reforçando que a taxa de investimento em 2021 será a maior desde 2014, próxima de 20% do PIB. O crescimento e o aumento do emprego dependerão da evolução desses investimentos.

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No fim do ano passado, Guedes também anunciou a troca de comando na Receita Federal. Saiu José Tostes, que será adido tributário na OCDE, em Paris, e entrou o auditor fiscal da Receita Julio Cesar Vieira Gomes, que atuava na delegacia de julgamento (DRJ) do Rio. O atual secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, assumirá a secretaria Especial de Estudos Econômicos (S3E), que abarcará Ipea e IBGE.

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