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Ministro afirma que aeroporto de Congonhas não deveria ser concedido agora

Maurício Quintella foi 'voto vencido' e não conseguiu convencer governo a mudar de ideia sobre privatização

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Por André Borges
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro dos Transportes, Portos e Aeroportos, Maurício Quintella, afirmou nesta quarta-feira, 13, que, em sua opinião, o governo não deveria conceder o aeroporto de Congonhas, de São Paulo, para a iniciativa privada. O ministro, no entanto, disse que não conseguiu convencer o governo a mudar de ideia. "Fui voto vencido", comentou Quintella, após participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados.

A oferta de Congonhas foi extremamente criticada pela oposição durante a audiência pública. Foto: Felipe Rau/Estadão

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A previsão do governo é que Congonhas vá a leilão em junho do ano que vem. Os estudos para a oferta estão em andamento. Hoje o aeroporto é o principal ativo que está nas mãos da Infraero, estatal que já se encontra atolada em dívidas. O receio é que, ao retirar os ativos superavitários que ainda restam nas mãos da estatal, sobre para a Infraero apenas os aeroportos com saldo negativo.

A oferta de Congonhas foi extremamente criticada pela oposição durante a audiência pública, além dos sindicatos que representam os 5 mil trabalhadores da Infraero.

++ Governança corporativa é desafio para estatais em processo de privatização

Quintella voltou a negar que o governo vá privatizar a Infraero, mas reafirmou que o governo quer fazer a abertura de capital da empresa, o que, na prática, pode significar, sim, a privatização da estatal, caso seja oferecido aos investidores a maioria das ações da companhia.

O governo pretende fechar, no primeiro semestre do ano que vem, a venda da participação de 49% que a Infraero detém nos aeroportos de Confins, Guarulhos, Brasília e Galeão. A nova rodada de concessões de mais 14 aeroportos ocorreria no segundo semestre de 2018.

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