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Ministro argentino nega confronto comercial com o Brasil

Axel Kicillof deve se encontrar com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, que busca uma reaproximação

Por Rodrigo Cavalheiro
Atualização:

BUENOS AIRES - O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof negou nesta terça-feira que exista um confronto com o Brasil em razão dos acordos fechados pela presidente Cristina Kirchner na semana passada em Pequim, no valor de US$ 21 bilhões. "Não tem cabimento que no Brasil digam que não estão de acordo com o financiamento de represas". afirmou Kicillof à rádio Del Plata. A declaração foi dada horas antes da chegada do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, à Argentina. Nesta quarta-feira, 11, ele se encontrará com Kicillof e outros integrantes da cúpula econômica kirchnerista para tentar uma reaproximação comercial com o Brasil.

O ministro da Economia argentina, Axel Kicillof, deve se encontrar com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nesta quarta-feira, 11 Foto: Reuters

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A visita ocorre quatro dias depois de a presidente voltar da China com 15 acordos que incluem financiamentos capazes de elevar as reservas argentinas, em troca de privilégios legais e burocráticos. 

Vieira tem encontros marcados com seu homólogo, Héctor Timerman, a ministra da Indústria, Débora Giorgi, e o titular do Planejamento, Julio de Vido. Vieira foi embaixador no País entre entre 2006 e 2010.

Na segunda-feira, 9, o governo argentino criou novas exigências para importadores. O Banco Central informou que as exportações com carta de crédito deverão ser informadas, indicando o prazo, a quantia e a empresa importadora. Segundo o jornal El Cronista, o governo baixou o limite de pagamento diário para importações, de US$ 150 mil para US$ 100 mil, mas prometeu em seguida fazer uma liberação gradual da moeda para pagamento de importações.

O Brasil fechou o mês passado com mais de 1,2 mil Declarações de Importação Antecipadas (DJAIs) pendentes de aprovação pelo governo argentino. A Argentina tenta controlar a saída de dólares, já que o país tem dificuldade de obter divisas (enquanto no câmbio oficial o dólar é vendido a 8,5 pesos, no paralelo chega a 13,1).

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