O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, saiu em defesa do presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior, que na semana passada teve uma conversa com sindicalistas divulgada com exclusividade pelo Estadão/Broadcast na qual ele chama funcionários da estatal de "vagabundos" e "safados".
Coelho Filho afirmou que "o presidente acertou em reconhecer que exagerou na palavra", mas salientou que o executivo "tem a nossa confiança, tem todo nosso apoio para poder tocar a agenda que tem na empresa". Para o ministro, essa agenda "não é apenas de governo ou de austeridade, é para poder permitir que a Eletrobrás possa continuar sobrevivendo", disse a jornalistas, no intervalo do Ethanol Summit 2017, em São Paulo.
Para ele, a situação da Eletrobrás é "extremamente delicada".
"Tem coisas que não dá para a gente conviver, não quero entrar no mérito de como chegaram até aqui, e não é contra um indivíduo, uma pessoa em si, é contra a empresa como um todo", disse. "Não dá para ver uma companhia que amargou nos últimos 4 anos R$ 32 bilhões de prejuízo dando uma oportunidade de privilégios a uma série de pessoas que não é justa com momento que o Brasil está vivendo", disse.
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Ferreira Júnior foi gravado criticando em particular funcionários em cargos mais altos da estatal. "São 40% da Eletrobras, 40% de cara que é inútil, não serve para nada, ganhando uma gratificação, um telefone, uma vaga de garagem, uma secretária. Vocês me perdoem. A sociedade não pode pagar por vagabundo, em particular, no serviço público", traz um trecho de cinco áudios. /Colaborou Fernanda Nunes