Após ser chamado de "golpista" por manifestantes durante seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira, 14, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou em nota "que entende como normais as manifestações". Ainda de acordo com o texto, o episódio teria sido causado por apenas duas pessoas, representantes de sindicatos, "trabalhadores ligados a movimentos sindicais com clara conotação política de oposição ao governo".
A nota ainda reforça a legitimidade de qualquer manifestação e afirma: "O ministro tem como base ouvir e respeitar opiniões, sejam elas divergentes ou não. Toda opinião constrói o debate e faz parte de uma democracia. O País precisa de mudanças, e para alguns, elas causam desconforto. São grupos que não querem ver o Brasil mudar".
Mais cedo, os manifestantes usaram o discurso do chefe da pasta do Trabalho para protestar dentro do salão principal da Assembleia da ONU, sendo retirados por policiais. Durante sua presença nas Nações Unidas, Nogueira foi sempre acompanhado por um segurança.
Com a presença de delegações brasileiras também representando os empregadores e o governo, o protesto dos sindicatos acabou se transformando em uma troca de ofensas. Alguns dos representantes dos empresários acusaram os sindicalistas de “salafrários” e outras ofensas, com o dedo apontado.