NOVO ADIAMENTO?
O líder do DEM na Câmara comemorou o adiamento e disse que o encerramento da sessão seguramente está ligado à insatisfação dos aliados, porque a oposição não teria como promover o esvaziamento do plenário.
"É um cochilo programado (da base). Está claro que tem uma insatisfação também na base. Eu não vou imaginar que o que aconteceu hoje aqui do ponto de vista de quórum foi fruto só do peso da oposição", disse Mendonça Filho.
"Dependendo da forma que conduza o governo, eu acho que há risco de ser adiada mais uma vez a votação. Nós vamos continuar em obstrução", acrescentou o parlamentar.
O relator da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou o risco de um novo adiamento.
"Em três dias nós aprovamos na comissão e nós limpamos 350 dispositivos de vetos que estavam trancando a pauta. Agora, está pronto para ser votado. Nós estamos na última etapa. Calma", disse.
A oposição é contra a proposta do governo e afirma que visa a evitar que Dilma responda por crime de responsabilidade.
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse na terça que se o projeto for aprovado ingressará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal.
Governistas têm argumentado que a mudança no cálculo da meta de superávit é necessária para garantir a manutenção das desonerações tributárias realizadas pelo governo e dos investimentos em obras como as de infraestrutura previstas no PAC para assegurar o crescimento econômico do país.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)