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MPF investiga outros 28 investimentos de fundos de pensão e já tem 7 ações sobre Postalis

Os investimentos foram realizados pelos fundos Previ, do Banco do Brasil, Petros, da Petrobras, e Funcef, da Caixa Econômica Federal (CEF)

Por Antonio Pita
Atualização:

RIO - O Ministério Público Federal (MPF) já investiga outros 28 investimentos suspeitos de irregularidades realizados pelos fundos de pensão, além do caso Galileo, alvo de uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira. Os investimentos foram realizados pelos fundos Previ, do Banco do Brasil, Petros, da Petrobras, e Funcef, da Caixa Econômica Federal (CEF). Há ainda sete procedimentos de investigação sobre o Postalis, concentrados em Brasília. Na última terça-feira, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, determinou um reforço na apuração, com a designação de três procuradores para acelerar as investigações.

Os investimentos sob investigação foram selecionados após indícios de irregularidades nos valores envolvidos. As investigações estão sendo conduzidas a partir de informações levantadas com outros órgãos de controle e investigação. Estão relacionados nas apurações relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU), da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e também da CPI dos Fundos de Pensão, encerrada em abril citando ao menos 15 negócios suspeitos dos fundos.

Sete procedimentos de investigação sobre o Postalis estão concentrados em Brasília Foto: Hélvio Romero/Estadão

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As apurações ainda estão em fase preliminar, de coleta de informações nos demais órgãos de apuração. Os 28 procedimentos de investigação serão divididos entre três procuradores, lotados em Brasília, Rio e Tocantins. A designação dos procuradores foi oficializada em portaria assinada por Rodrigo Janot na última terça-feira. Os três já estão atuando nas investigações.

O objetivo é colocar todos os procedimentos no mesmo estágio de apuração dos processos envolvendo o Postalis, o fundo de pensão dos Correios. Atualmente, há sete investigações sobre os negócios do fundo: três inquéritos policiais abertos e quatro procedimentos investigativos criminais, de acordo com o procuradoria do Distrito Federal, que coordena o trabalho. As apurações transcorrem de forma independente das investigações realizadas no Rio, que culminaram na prisão de três pessoas nesta sexta-feira.

Entre os negócios sob investigação em Brasília estão investimentos na Nova Bolsa, a operação de venda da sede do Postalis e a compra do terreno em Cajamar, em São Paulo. O caso Cajamar também é alvo de Ação Civil Pública por improbidade administrativa. A denúncia se refere às transferências de propriedade do terreno, adquirido em 2012 para construção de um centro logístico dos Correios por cerca de R$ 195 milhões. Três meses antes, o imóvel havia sido negociado por R$ 41 milhões.

Parte das investigações sobre o Postalis chegou a ser encaminhado para a Força Tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, mas foi devolvido ao MPF. A avaliação era que as investigações não tinham relação com o esquema de desvios na Petrobras.

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