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MPF-RJ recomenda à EBX não fazer transposição de rio Paraíba do Sul

Obra teria objetivo de abastecer as empresas em fase de instalação no Porto de Açu, mas rio tem alto nível de poluentes

Por Reuters
Atualização:

SÃO PAULO - O Ministério Público Federal em Campos dos Goytacazes (RJ) recomendou ao grupo EBX, do empresário Eike Batista, que não faça a transposição do Rio Paraíba do Sul, que teria o objetivo de abastecer empresas em fase de instalação e de operação no Complexo Portuário de Açu.

Segundo nota do Ministério Público, o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira fez a recomendação considerando que o rio não tem tratamento de esgoto apropriado e registra "alto nível" de poluentes derivados das empresas instaladas as suas margens.O MPF calcula que cerca de 700 indústrias de pequeno, médio e grande porte realizem despejos no rio.A obra do Porto do Açu é conduzida pela LLX, empresa de logística do grupo EBX, e a previsão é que o complexo começe a operar parcialmente neste ano.Atualmente, tramitam no MPF dois inquéritos que acompanham o licenciamento da usina termelétrica UTE Porto do Açu Energia, no município de São João da Barra e apuram elementos comprobatórios de danos ao rio Paraíba do Sul e eventuais riscos ao meio ambiente.Em meados deste mês, a Secretária do Ambiente do Rio de Janeiro afirmou que podeira punir o grupo EBX devido ao aumento da salinização da água na região do Superporto do Açu.A LLX, em comunicado divulgado logo após, descartou sinais de alteração nos níveis de salinidade.(Roberta Vilas Boas)

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