PUBLICIDADE

Mulher de Strauss-Kahn continua a apoiá-lo

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Anne Sinclair, a jornalista popular casada com Dominique Strauss-Kahn, continua apoiando seu marido, no momento em que o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional enfrenta acusações de tentativa de estupro. A premiada entrevistadora de televisão de olhos azuis conheceu Strauss-Kahn em 1989, no ápice de sua carreira como apresentadora de um programa de entrevistas político no canal francês TFI. Durante anos, sua fama foi bem maior que a dele. Ela se tornou sua terceira esposa em 1996. Ele é o segundo marido da jornalista. Conhecidos dizem que os dois formam um casal carinhoso que tem uma relação fácil e gosta de passar as férias junto com os amigos em sua casa na cidade marroquina de Marrakesh. Sinclair sacrificou a sua carreira pela do marido, desistindo de seu popular programa de horário nobre aos domingos -- que contou com convidados como o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, Madonna e todos os líderes políticos franceses importantes -- quando seu marido foi nomeado ministro das Finanças, em 1997. Muitos na centro-esquerda a consideravam como uma primeira-dama ideal se, como esperado, Strauss-Kahn se candidatasse a presidente socialista na eleição de 2012. Esse sonho foi por água abaixo quando o diretor-gerente do FMI foi preso no sábado em um avião da Air France, depois que uma camareira de um luxuoso hotel de Nova York o acusou de agressão sexual. Ele negou as acusações. Sinclair, que estava visitando amigos em Paris, rapidamente se manifestou em sua defesa, dizendo em um comunicado divulgado no domingo: "Não acredito por um segundo nas acusações feitas contra meu marido". Ela voou até Nova York, chegando tarde demais para vê-lo aparecer em um tribunal de Manhattan, onde um juiz lhe negou fiança e ordenou-lhe que fosse detido na prisão de Rikers Island até uma nova audiência, na sexta-feira. Ela não foi vista em público desde então. O casal, que tem duas casas elegantes em Paris, bem como em Riad e Marrakesh, e um círculo de amigos ricos e poderosos, é frequentemente criticado como pertencente à "esquerda caviar" -- que defende princípios socialistas, mas vive estilos de vida bem remotos da realidade da classe trabalhadora. A relação enfrentou desafios no passado, especialmente quando Strauss-Kahn, um mulherengo confesso, admitiu ter tido um caso com uma funcionária do FMI em 2008. Sinclair tratou o caso como um escorregão passageiro e escreveu em seu blog: "Nós nos amamos como no primeiro dia". Ao mesmo tempo em que o drama atual se desdobra em Nova York, uma escritora francesa está considerando apresentar uma queixa legal sobre um incidente sexual envolvendo Strauss-Kahn, em 2002, quando ela tinha 22 anos. "Ela (Sinclair) parece viver em negação", disse um conhecido de longa data de Strauss-Kahn, falando sob condição de anonimato. (Reportagem adicional de Brian Love)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.