Publicidade

Mundo Verde vai entrar no mercado de fast-food

Por Clayton Netz
Atualização:

A maior rede de produtos naturais da América Latina, a Mundo Verde, do Rio de Janeiro, com 155 lojas no País, prepara-se para entrar num novo nicho de negócios: o de fast-food. A ideia é abrir o primeiro restaurante, que ainda não tem nome definido, no começo de 2011, na capital carioca. No cardápio, é claro, lanches naturais. "Queremos dar uma opção saudável aos consumidores que precisam fazer uma refeição rápida", diz Marcos Leite, diretor de expansão e sócio da Mundo Verde. Outra novidade da rede, que faturou R$ 120 milhões no ano passado, é a criação de uma marca própria para estampar as embalagens dos produtos que vende nas lojas: alimentos orgânicos, dietéticos, diet, light, suplementos alimentares, cosméticos produzidos com plantas medicinais, CDs e livros. A atual estratégia da empresa já tem as digitais dos novos donos. Fundada em 1987, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, a empresa familiar passou para as mãos da gestora de recursos Axxon Group e mais quatro sócios capitalistas. A rede surgiu da vontade de um casal carioca, que depois se afastou da Mundo Verde, de criar um negócio próprio na cidade serrana fluminense e, assim, poder viver no local, com mais qualidade de vida. A ideia deu certo e os próprios clientes começaram a se interessar em abrir uma loja da marca. Foi assim que a empresa partiu para a franquia, em 1996. Os planos dos novos controladores da Mundo Verde vão além da formação da rede de restaurantes e da criação de uma marca própria. Eles pretendem triplicar o tamanho da rede de franquia até 2015, para 450 unidades, e levar a Mundo Verde para os principais mercados consumidores do Brasil. Atualmente, mais da metade das lojas está localizada no Rio de Janeiro. Agora, o principal foco da Mundo Verde é o mercado paulista, onde já está presente com cerca de 30 unidades, mas quer crescer bem mais. Das 300 novas lojas que deverão ser abertas nos próximos cinco anos, metade terá CEP de alguma cidade de São Paulo. Outras 90 unidades devem ser instaladas na região Sul e em Minas Gerais, lugares onde a atuação da empresa ainda é discreta. "Vamos reforçar nossa posição em São Paulo, que funciona como vitrine para o resto do País", diz Leite.O custo para abrir uma franquia da Mundo Verde é de R$ 250 mil. O faturamento médio mensal de cada loja é de R$ 110 mil, com retorno que varia de 10% a 15% desse valor.Apesar de já contar com um master franqueado em Portugal, na região da cidade do Porto, a expansão internacional da Mundo Verde vai esperar mais um pouco. Segundo Leite, a empresa já recebeu propostas da Espanha, da França, dos Estados Unidos, do Chile e do Uruguai, mas, por enquanto, prefere crescer no mercado doméstico. "Nossos esforços, a médio prazo, estarão concentrados no Brasil", afirma Leite. Até o final do ano, 40 novas unidades da Mundo Verde deverão estar em funcionamento no País. Com esse plano de negócios, a empresa estima aumentar em 30% o seu faturamento este ano.MARKETINGL"Occitane do Brasil cria slogan globalOs executivos brasileiros da marca de cosméticos francesa L"Occitane começaram com o pé direito a aplicação de sua nova estratégia de reposicionamento no País. O slogan, "L"Occitane, beleza com história", criado no Brasil por eles, foi aprovado pelos principais executivos de marketing de sua rede de filiais, na semana passada, em Pequim, e deverá ser testado e eventualmente adotado nos 85 países em que a companhia atua. Em 2009, a subsidiária brasileira respondeu por R$ 102 milhões do faturamento de R$ 1,5 bilhão do grupo.MEDICINA Turismo de saúde explora novo nicho de negócios O chamado turismo de saúde - modalidade em que pacientes em busca de custos menores e melhor qualidade deslocam-se das cidades onde vivem para realizar tratamento médico-hospitalar - está ganhando força no Brasil, a cidade de São Paulo à frente. Estima-se que pelo menos 50 mil das 900 mil pessoas que viajaram para a capital paulista para tratar da saúde em 2009 são estrangeiros, principalmente americanos, angolanos e europeus. O incremento do setor, que movimenta globalmente US$ 60 bilhões por ano, está criando nichos promissores de negócios para algumas empresas. Uma delas é a Prime Medical Concierge, criada há três anos pela ex-executiva do setor hoteleiro Mariana Palha, que oferece da hospedagem à medicação que o turista vai usar em sua viagem. A Prime, que atua basicamente em São Paulo, cuida a cada mês de cerca de 20 clientes, cujos gastos ficam em média em US$ 120 por dia. "Temos crescido 20% ao ano", diz Mariana, que é uma das organizadoras do "Medical Travel Meeting Brazil", marcado para o período entre 25 e 28 de agosto em São Paulo "O Brasil está começando a disputar com a Índia, Cingapura e Malásia, que são líderes do setor." ESTACIONAMENTO Grupo argentino investe em vagas verticais O Mais Parking, grupo argentino especializado em sistemas de automação de estacionamento, quer aproveitar a crônica falta de vagas para carros em São Paulo para vender equipamentos que aumentam a capacidade das garagens. O grupo, que investiu R$ 1 milhão num showroom na capital, quer fornecer o sistema a estacionamentos, concessionárias de veículos, hotéis e condomínios. Em Buenos Aires, o Mais Parking instalou o sistema no sofisticado hotel Alvear, na Recoleta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.