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‘Maldição da Petrobrás’ afeta o Rio, diz Rabello

Segundo presidente do BNDES, a economia do Estado fluminense não foi prejudicada pela 'maldição do petróleo', mas, sim, pela má gestão da estatal

Por Fernanda Nunes
Atualização:

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello, afirmou nesta segunda-feira, 6, que a economia fluminense não foi prejudicada pela “maldição do petróleo” - fazendo referência aos casos em que uma região com reservatório abundante não desenvolve outras vocações e entra em colapso quando a indústria petroleira decai. “Não existe maldição do petróleo. O que existe é a maldição da Petrobrás. A empresa não foi bem e está sendo resgatada pelo Pedro Parente.” 

Na avaliação dele, é saudável para o setor que a Petrobrás conviva com outras empresas petrolíferas, o que acontecerá a partir da retomada dos leilões de áreas para exploração e produção. “Não precisamos esperar que o petróleo pague a conta.” 

Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES Foto: Fábio Motta/Estadão

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Apesar de negar qualquer definição de que será candidato nas eleições de 2018, Rabello de Castro, lançou nesta segunda-feira, em evento, novos planos de continuidade da recuperação da economia para o período posterior ao do governo de Michel Temer. Entre eles, está a utilização das reservas internacionais para acelerar desestatizações e para formar garantias para a Previdência.

“É até possível pensar em esquemas de estruturação de negócios, inclusive num processo de desestatização, que possa ser antecipado com alguma pequena parcela, de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões, desse conjunto que compõe as reservas internacionais, sem nenhuma afetação em matéria de segurança. Precisamos ter criatividade e seguir com as reformas encaminhadas.” Sem detalhar os planos de utilização das reservas internacionais para privatizar empresas públicas, Rabello disse que a ideia é, com o dinheiro, criar um fundo offshore que seria utilizado para acelerar a venda de estatais, como a Eletrobrás, que funcionaria também como lastro financeiro para a Previdência. / FERNANDA NUNES, DO RIO

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