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Não houve crise para os pobres, diz Mantega

Ministro faz balanço de sua gestão e diz que a crise mundial está chegando ao fim

Por Laís Alegretti e Victor Martins
Atualização:
Mantega e Levy discutiram nomes de nova equipe Foto: Ed Ferreira/Estadão

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quinta-feira, 4, que a crise financeira mundial está chegando ao fim e ressaltou que praticamente não houve impactos negativos para a população de média e baixa renda no País.

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“Creio que estamos chegando perto do fim dessa crise mundial”, disse o ministro, acrescentando que o processo será mais rápido quando países europeus “deixarem o imobilismo” e tomarem medidas eficazes para gerar empregos necessários. “Com o mundo melhorando nos próximos anos, o Brasil tem plena condição de engatar novo ciclo de crescimento”, afirmou.

Defesa. O ministro também defendeu mais uma vez a política econômica dos últimos anos, enquanto esteve à frente da pasta. “Meu grande orgulho é ter liderado a economia brasileira na mais grave crise em 80 anos”, afirmou, acrescentando que entregará a economia mais sólida do que recebeu.

“É um grande orgulho para nós dizer que para a população brasileira de média e baixa renda praticamente não houve crise”, disse Mantega.

“Quando a crise financeira de 2008 começou, estávamos preparados para enfrentá-la”, disse. O ministro argumentou que situação das contas públicas era sólida e o mercado interno era vigoroso. “Pela primeira vez em muitas décadas, o Brasil não tombou diante de crise internacional”, disse.

“Enquanto países cortaram investimentos e geraram desemprego, fizemos corajosa política anticíclica”, acrescentou Mantega, o ministro que ficou mais tempo como titular do Ministério da Fazenda.

O ministro comparou mais uma vez a situação do mercado de trabalho brasileiro com a de outros países e elogiou a situação do emprego no País.

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“Nesse longo período no governo, tenho certeza que fomos bem-sucedidos na missão de desenvolver nossa economia”, disse o ministro.

Saldo. No início do discurso, o ministro Guido Mantega adiantou que faria uma avaliação do que foi o período dele no governo petista. “Nesses anos, o Brasil avançou muito em todas as áreas, deixando de ser uma economia frágil para se tornar a sétima economia do mundo.”

O ministro afirmou ainda que, apesar dos anos de crise mundial, há um “saldo positivo de transformação”.

“Nos anos 2000, entramos no governo com economia abalada. As reservas mal davam para pagar dois meses de importação. Naquela época, o Brasil estava de pires na mão, pedindo empréstimos e as bênçãos do FMI (Fundo Monetário Internacional)”. Disse.

Mantega afirmou que, hoje, as reservas internacionais do Brasil são maiores do que a dívida externa.

Fernando Henrique. O ministro fez várias comparações do atual governo com o mandato de Fernando Henrique Cardoso, anterior ao período petista na Presidência do País.

“Naquela época, faltava emprego e os jovens tinham poucas expectativas de trabalho. Arregaçamos as mangas e implementamos projeto que acelerou crescimento, gerou empregos com carteira assinada e criou condições mais humanas”, afirmou.

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O ministro Guido Mantega destacou as transformações sociais e disse, mais uma vez, que a renda do brasileiro subiu nos últimos anos e a pobreza caiu.

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