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Nascimento Turismo entra com pedido de recuperação judicial

Empresa está há 54 anos no mercado e é uma das três maiores do setor do Brasil; motivo seria a crise econômica do País

Foto do author Márcia De Chiara
Por Márcia De Chiara e Ian Chicharo Gastim
Atualização:

Atualizada às 17h14 

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A Nascimento Turismo, uma das três maiores agências de viagens do País, entrou nesta quarta-feira, 20, com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Em nota, a empresa, que está há 54 anos no mercado e que vende principalmente pacotes turísticos internacionais, com foco nos Estados Unidos e Caribe, informa que foi "impactada pelas crises que o País atravessa: segurança, hídrica, energética, econômica e, a pior de todas, a crise de confiabilidade".

De acordo com a companhia, em até 60 dias será apresentado o Plano de Recuperação. O valor da dívida não foi revelado.

Página da operadora na internet, até esta quinta,não traziainformações sobre opedido derecuperação judicial Foto: Reprodução/Internet

Ainda segundo a nota, os esforços da operadora estão, neste momento, "empenhados na busca de soluções para seus clientes, visando minimizar os impactos causados por esta situação".

De hoje até sábado foi criado um plantão emergencial por telefone (11-3158 0088) ou por e-mail (atendimentorj@nascimento.com.br) para atender os passageiros com embarque até 15 de junho. A partir de segunda-feira serão tratados os embarques posteriores a essa data.

Câmbio. O cenário de alta no dólar influenciou o pedido de recuperação judicial da Nascimento, mas não foi o único fator, avalia Francisco Leme, presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav-SP).

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"[Dólar] É um dos fatores, mas não foi o determinante. Existem muitos fatores que podem causar impacto em uma empresa, como o gerenciamento da companhia", afirma.

Apesar da crise em uma das maiores empresas de turismo do País, Leme considera que o caso é pontual. "Mesmo que a crise econômica tenha mexido com o mercado como um todo, não acredito que se tenha um problema para derrubar o setor", afirma. "Mas é claro que a gente tem que estar alerta", completa.

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