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No 2º semestre, tarifas públicas devem pressionar inflação

No setor de telefonia, o novo índice, que determinará o porcentual do reajuste das contas, o Índice de Serviços de Telecomunicações (IST), deverá vir mais salgado do que os IGPs

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação em São Paulo este ano voltará ao seu padrão, com uma pressão mais forte dos preços no segundo semestre, do que no primeiro, em grande parte por causa dos reajustes das tarifas públicas em julho. Esta é a avaliação do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Paulo Picchetti, segundo entrevista coletiva concedida por ele nesta quarta-feira na sede do instituto. Extraordinariamente, o IPC registrou, em 2005, um desenho oposto, saindo, assim, de sua sazonalidade (influência de fatores temporais). "A inflação deve voltar a seu padrão normal, já que sabemos que o acumulado do primeiro trimestre (0,62%) foi excelente, que a expectativa para o semestre está ótima e temos a perspectiva de uma pressão maior na segunda metade do ano", comparou. Em 2005, a inflação da primeira metade do ano foi maior do que a da segunda, porque, de acordo com Picchetti, o reajuste das tarifas públicas, concentradas em julho, foi menor do que o dos anos anteriores. Isto ocorreu, principalmente, por dois motivos: os índices gerais de preços (IGPs) fecharam 2005 em torno de 1% - e eles são os principais indexadores dos preços administrados - e houve descruzamento das contas de energia elétrica para o consumidor. Para este ano, no entanto, o coordenador salientou que as projeções do mercado para os IGPs estão girando em torno de 3%. Além disso, no setor de telefonia, o novo índice, que determinará o porcentual do reajuste das contas, o Índice de Serviços de Telecomunicações (IST), deverá vir mais salgado do que os IGPs, porque a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) faz parte da sua composição e as projeções para o índice oficial este ano estão na casa de 4,5%.

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