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No RS, obras andam a passos lentos por falta de dinheiro

Nova ponte do Guaíba, que deveria ser concluída em setembro, quase foi paralisada por falta de verbas

Por PORTO ALEGRE
Atualização:

As obras da nova ponte do Guaíba, que vai ligar Porto Alegre às cidades da região metropolitana, deveriam ser entregues em setembro deste ano, mas estão bem longe de acabar. Nos últimos meses, o empreendimento quase foi paralisado por falta de dinheiro. Mas, na última semana, o governo federal conseguiu liberar R$ 35 milhões para evitar a interrupção dos trabalhos.

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva, explicou que o orçamento do Ministério dos Transportes para essa obra é de R$ 229,5 milhões. “Com esse recurso (liberado) será possível dar andamento às obras até julho deste ano. Depois disso, dependemos da liberação do governo de novas verbas, ainda sem datas previstas.”

Estrutura do ponto do Guaíba, em Porto Alegre Foto: Itamar Aguiar / Agência Free Lancer

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Desde o início das obras, em meados de outubro de 2014, já foram investidos mais de R$ 350 milhões. Quase todo o empreendimento ainda está na fase de construção das estacas que vão sustentar a ponte. O projeto terá 7,3 quilômetros (km) de extensão. Desse total, 2,9 km serão construídos sobre a água. A estimativa, segundo o Dnit/RS, é que circulem pela ponte cerca de 50 mil veículos por dia. A conexão irá desafogar o fluxo do trânsito na rodovia BR-290, sobre a ponte móvel do Guaíba, construída em 1958.

Outra obra rodoviária em atraso no Rio Grande do Sul é a duplicação da BR-290, entre os trechos de Eldorado do Sul e Pântano Grande, a 123 km da capital gaúcha. A construção está orçada em R$ 583 milhões mas apenas 5,17% das obras foram executadas até o momento. No mesmo ritmo está a duplicação da BR-116, entre os trechos de Porto Alegre e Pelotas. O prazo para conclusão das obras era 2014. Mas até agora somente 59% das obras foram executadas. O valor orçado era de R$ 900 milhões há cerca de cinco anos. Hoje, já passa de R$ 1 bilhão.

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