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Nos EUA, mais de 40% dos lares não têm telefone fixo

Não são apenas os países emergentes, como o Brasil, que veem crescer o número de consumidores que trocaram o telefone fixo de casa por um celular. Uma pesquisa divulgada ontem, no Estados Unidos, revelou que 41% dos lares americanos não tinham linhas fixas no segundo semestre de 2013, quando o levantamento foi realizado. O estudo é do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). O índice é 2,8 pontos porcentuais superior ao registrado na segunda metade de 2012.

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Por Redação
Atualização:
Americanos trocam telefone fixo por celulares Foto: Stock Xchng

De acordo com relatório do CDC, o perfil dos lares que optaram pelo celular tende a ser de pessoas mais jovens e mais pobres, que vivem de aluguel e possuem ascendência hispânica.

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A pesquisa classifica como domicílios "apenas móveis" os lares que tiverem ao menos uma linha de telefonia celular e nenhuma linha fixa.

Os números do CDC são baseados na Entrevista Nacional de Saúde, uma pesquisa realizada ao longo do ano para coletar informações sobre o estado e cuidados de saúde da população americana.

O instituto coletou dados em 21.512 domicílios no segundo semestre do ano passado. Desde 2003, os pesquisadores do CDC perguntam se os entrevistados têm telefone fixo, como parte de um esforço para melhorar a precisão de estimativas de saúde do CDC.

No segundo semestre de 2013, quase 70% das pessoas com idade entre 25 e 29 anos viviam em lares apenas com telefones móveis. Três em cada quatro adultos viviam em domicílios "apenas móveis" e 61,7% moravam em casas alugadas sem telefone fixo. Entre as pessoas que só possuem telefone celular, 56% têm renda para serem classificadas "em situação de pobreza", enquanto 53% são hispânicos.

Brasil.

Por aqui, o domínio dos celulares é ainda maior. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no ano de 2012 e divulgada em setembro de 2013, 51,3% dos lares brasileiros (ou 32,2 milhões de domicílios) usam apenas linhas de celular, e não têm telefone fixo. Em 2011, as casas sem linhas fixas eram 49,7% do total de lares brasileiros.

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A larga presença dos celulares no País ajudou a telefonia a chegar a cada vez mais domicílios, apontou também a pesquisa: 91,2% dos lares brasileiros têm algum tipo de telefonia.

Segundo a Pnad, o predomínio dos lares sem linhas fixas era comum nas camadas mais pobres: cerca de 60% dos lares com renda abaixo de dez salários mínimos (R$ 6.222, na época) optavam por usar o celular como meio de comunicação telefônica.

Vale lembrar que, no Brasil, hoje, já há mais linhas móveis do que pessoas: segundo os dados mais recentes da Anatel, o Brasil possuía 275,45 milhões de linhas móveis em maio, em uma proporção de 130 contas para cada 100 habitantes. Três em cada quatro dessas linhas são pré-pagas, apontou ainda a Anatel.

/ AGÊNCIA ESTADO, COM AGÊNCIAS

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