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Notredame Intermédica protocola pedido para abrir capital na Bolsa

Recursos captados com a oferta irão para acionistas; operação pode ser uma das maiores da história no setor de saúde no Brasil

Foto do author Aline Bronzati
Por Aline Bronzati (Broadcast) e Dayanne Sousa
Atualização:

A Notredame Intermédica protocolou pedido para oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A operação almejada pela empresa é secundária, ou seja, os recursos eventualmente captados irão para a mão de acionistas e não injetados na empresa.

Intermédica foi avaliada por assessores em R$ 2 bilhões em março de 2014. Foto: ERNESTO RODRIGUES/AE

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A operadora é controlada pela Bain Capital desde 2014 e o fundo começou um processo de desinvestimento do ativo neste ano. O grupo está em um processo de 'dual track', ou seja, ao mesmo tempo que planeja um IPO procura investidores estratégicos para um negócio de fusão ou aquisição (M&A, na sigla em inglês).

Os bancos que vão estruturar a oferta de ações da Notredame, conforme noticiou a Coluna do Broadcast em fevereiro último, são Bradesco BBI, Itaú BBA, na condição de líder, JPMorgan, Credit Suisse, Morgan Stanley e UBS. Já um possível M&A está sendo assessorado pela consultoria especializada em saúde Centerview Partners e pelo BTG Pactual.

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Fontes calculam que um IPO ou venda da Intermédica pode ser uma das maiores transações da história do setor de saúde brasileiro. O maior negócio até aqui foi a compra da Amil pela United Health, por cerca de R$ 10 bilhões. Quando comprada pela Bain Capital, em março de 2014, a Intermédica foi avaliada por assessores em R$ 2 bilhões. De lá pra cá, porém, o ativo se valorizou. O Ebitda da empresa já teria dobrado e o porte aumentou após uma série de aquisições de hospitais.

A Notredame Intermédica tem atualmente mais de 3,5 milhões de beneficiários e é dona de diversos hospitais. Em 2015, comprou o Grupo Santamália Saúde. Em setembro de 2016, anunciou a aquisição dos ativos da Unimed ABC, com uma carteira de 70 mil vidas, além de um hospital com 110 leitos e, mais recentemente, entrou no mercado do Rio de Janeiro com a compra do Hospital Samci.

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