Após fechar setembro e outubro no azul, o fluxo cambial brasileiro encerrou o mês passado com saldo negativo de US$ 3,5 bilhões. O resultado no vermelho é o maior para um mês desde dezembro do ano passado, quando as saídas superaram as entradas em US$ US$ 8,7 bilhões.
Segundo dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira, 3, as operações financeiras responderam por um envio líquido de US$ 2,1 bilhões, diferença entre entradas de US$ 35,1 bilhões e remessas de US$ 37,3 bilhões.
No comércio exterior, o saldo ficou negativo em US$ 1,358 bilhão, com importações de US$ 16,032 bilhões e exportações de US$ 14,674 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 2,682 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 3,231 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 8,760 bilhões em outras entradas.
Acumulado do ano. A saída líquida de recursos em novembro contribuiu para uma diminuição do saldo positivo do fluxo cambial no ano até o mês passado. O resultado dos primeiros 11 meses do ano está positivo em US$ 4,7 bilhões. O saldo é composto por entradas líquidas do setor financeiro no valor de US$ 1,1 bilhão e de ingressos líquidos de US$ 3,6 bilhões do segmento comercial.
Em 2013, nos mesmos meses, o saldo estava negativo em US$ 3,4 bilhões, ainda de acordo com o Banco Central. O resultado do fluxo cambial naquele período foi influenciado por saídas de US$ 16,4 bilhões do setor financeiro e de US$ 13 bilhões em entradas da área comercial.