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Número de empresas de alto crescimento cai 17,4% em 2015 para 25.796, diz IBGE

A crise econômica atingiu em cheio as empresas de alto crescimento; houve quedas de 21,6% no pessoal ocupado assalariado e de 12,5% nos salários e outras remunerações pagos por essas empresas

Por Vinicius Neder
Atualização:

RIO – O Brasil tinha, em 2015, 25.796 empresas de “alto crescimento”, ou seja, que aumentaram em pelo menos 20% ao ano o número de empregados por três anos seguidos, mostra o estudo Estatísticas do Empreendedorismo 2015, divulgado nesta sexta-feira, 17,  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número foi 17,4% menor do que o de 2014, quando foram encontradas 31.223 firmas de alto crescimento.

Na comparação com 2013, houve redução de 6,4% no número de empresas de alto crescimento Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 22/7/2010

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Conforme o estudo, essas empresas de alto crescimento geraram R$ 225,7 bilhões em valor adicionado, com uma receita líquida de R$ 718,2 bilhões. Em 2015, essas firmas empregavam 3,5 milhões de trabalhadores e pagaram R$ 90,4 bilhões em salários. No total, o Brasil possuía cerca de 4,6 milhões de empresas ativas em 2015, sendo que apenas 2,5 milhões tinham pelo menos um empregado assalariado. As empresas com 10 empregados ou mais somavam 475.871 firmas.

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A crise econômica atingiu em cheio as empresas de alto crescimento. Além da redução de 17,4% no número de empresas de alto crescimento em relação a 2014, houve quedas de 21,6% no pessoal ocupado assalariado e de 12,5% nos salários e outras remunerações pagos por essas empresas, em valores nominais, sem considerar a inflação.

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“Apesar da queda no número de empresas de alto crescimento e nos salários e outras remunerações pagos por essas empresas ser uma tendência observada desde 2013, a queda observada em 2015 é muito mais acentuada em relação ao ano anterior”, diz um trecho do relatório divulgado pelo IBGE.

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Isso porque o quadro de 2014 já era negativo. Na comparação com 2013, houve redução de 6,4% no número de empresas de alto crescimento, queda de 10,4% no total de pessoas assalariadas e recuo de 4,0% nos salários e remunerações, informa o IBGE.

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