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Números indicam que haverá agravamento no desemprego, diz Padilha

Para ministro, reforma na área fiscal criaria ambiente propício para a retomada da economia e a geração de empregos

Por Gabriela Lara e correspondente
Atualização:
Padilha disse que os presidentes do Senado e da Câmaraestão estudando um calendário que viabilize a aprovação da reforma no primeiro semestre de 2017 Foto: Dida Sampaio|Estadão

PORTO ALEGRE - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta-feira, 30, que os números indicam que ainda deverá haver algum agravamento no mercado de trabalho no Brasil. Isso, segundo ele, reforça a necessidade de avançar nas reformas propostas pelo governo, principalmente na área fiscal, o que criaria um ambiente propício para a retomada da economia e a geração de empregos.

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"Nós temos sim que gerar emprego porque, a projetarem-se os números que conhecemos, nós ainda deveremos ter algum agravamento no desemprego. Portanto temos que retomar imediatamente. E para isso precisamos dessas reformas, que já estão precificadas na visão dos investidores", disse na capital gaúcha. 

Padilha também afirmou que o governo não se desinteressou pela reforma trabalhista, mas percebeu que, neste momento, não precisaria tomar a iniciativa, uma vez que os três pontos considerados fundamentais pelo governo - o acordado sobre o legislado, a terceirização e o trabalho intermitente - já estão sendo tocados pelo Judiciário e o Legislativo.

Sobre a terceirização, por exemplo, Padilha disse que está tramitando tanto no Senado quanto na Câmara um projeto de terceirização em fase final. "Não tem por que o governo se envolver", falou. "O que de melhor o governo pode fazer neste momento é respeitar a independência do Judiciário e do Legislativo", acrescentou, reforçando que as ações nesse sentido são igualmente importantes para melhorar o cenário econômico e a geração de empregos.

"O governo tem interesse de gerar empregos. Não vamos esquecer que hoje há 12 milhões de brasileiros, 12 milhões de famílias, com um de seus membros ou mais do que um sem emprego", disse, referindo-se aos dados divulgados nesta sexta-feira.

Nesta manhã, o IBGE informou que a taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto de 2016, o maior resultado já registrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). A pesquisa aponta 12 milhões de pessoas desocupadas no País, população classificada assim por ter procurado emprego sem encontrar.