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O preço de perder a cabeça

Executiva da Korean Air que teve ataque de fúria em avião por causa de embalagem de macadâmia pega um ano de prisão

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Por Redação
Atualização:
Heather Cho: um ano de prisão por faniquito no avião da empresa do pai Foto: Reuters

Qual é o preço do serviço de alta qualidade? Heather Cho provavelmente se faz essa pergunta enquanto passa um ano atrás das grades por seu extraordinário faniquito por causa de uma porção de macadâmias servidas de maneira menos cuidadosa em dezembro. 

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Heather, que era executiva da Korean Air, expulsou um tripulante de um dos voos da empresa aérea, que circulava pela pista de decolagem do aeroporto JFK, em Nova York, com destino a Seul, depois de ter recebido as macadâmias num saquinho de papel, e não num pratinho.

Heather ficou tão furiosacom isso que obrigou o piloto a voltar ao portão de embarque e expulsar o tripulante responsável do avião. Foi decidido que isso foi o equivalente a alterar o curso de um voo, que é considerado crime.

Heather é também filha do presidente da Korean Air. Por isso, o episódio, que foi comentado com certa curiosidade pelo mundo, não atraiu muito mais do que raiva no país asiático. 

Na Coreia do Sul, a situação foi tratada como exemplo de todos os males causados pela cultura nepotista chaebol, de acordo com a qual a elite se consideraria intocável.

O juiz disse que Heather tinha tratado o avião como se fosse "sua aeronave particular". Heather pediu desculpas posteriormente, mas somente depois que o escândalo se tornou conhecido por todos.

O juiz não considerou a ré muito arrependida: "Me pergunto se ela realmente pensa que estava errada", prosseguiu ele ao apresentar o veredicto. 

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Heather também foi considerada culpada de cometer atos de violência contra um membro da tripulação, obrigando-o a se ajoelhar e batendo nele com um manual de serviço. Outro executivo foi detido por ter ajudado a acobertar o episódio.

© 2015 The Economist Newspaper Limited. Todos os direitos reservados.

Da Economist.com, traduzido por Augusto Calil, publicado sob licença. O artigo original, em inglês, pode ser encontrado no site www.economist.com 

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